Une réflexion essentielle sur le rôle et la place des femmes avant, maintenant et après... On a sacrifié les femmes au nom d'à peu près tout : morale, religion, politique, amour, maternité... Malgré les discours d'émancipation, persistent viols, harcèlements, sévices conjugaux, interdits et humiliations. Le destin de la féminité en Occident serait-il sacrificiel ? En témoignent ces grandes héroïnes qui foisonnent dans les textes fondateurs de notre culture. Elles ont pour nom Iphigénie, Hélène, Juliette, Iseut ou encore Jeanne d'Arc. De quelle façon ces figures emblématiques influencent-elles notre inconscient ? Dans un essai de mythologie quotidienne, Anne Dufourmantelle interroge ces destins spectaculaires en les confrontant à ceux, anonymes, parfois tragiques, de nos amies, soeurs, voisines, ces femmes inconnues croisées tous les jours dans la rue... D'une écriture subtile, elle approche la secrète texture de nos névroses et déploie la dramaturgie, aussi énigmatique que salvatrice, d'une véritable érotique du sacrifice au féminin.
Docteur en philosophie et diplômée de Brown Univesity, Anne Dufourmantelle a enseigné à l’école d’architecture UP6-la Villette, et donné un séminaire à l’Institut des Hautes Etudes en Psychanalyse à l’Ecole normale supérieure. Anne Dufourmantelle meurt le 21 juillet 2017 en tentant de sauver l'enfant d'une amie de la noyade sur une plage du sud de la France.
كتاب تسرد من خلاله الكاتبة الصور المختلفة لمفهوم التضحية من الناحية النفسية( السمات المشتركة؛ فيم تشترك مصائر هؤلاء النسوة؟ كيف ننجح في ألا نمحو ما يتميزن به من فرادة بينما نحاول قراءة ما يجمع بينهن باعتباره خيطاً مشتركاً وأهمية رمزية واحدة انطلاقاً من تحليل دوافعهن؟) ، والاجتماعية( البعد الروحي والجامعي)، والفلسفية للمفهوم( المشكلة الأخلاقية؛ مضحية أم مضحى بها؟ ،التضحية بين حاجة الإنسان المادية والروحية، التضحية بين الأثرة والإيثار كالمتعلقة بمفهوم الأمومة على سبيل المثال لا الحصر)، عبر تاريخ سردي طويل شمل عدة شخصيات تمايزت بين الواقعي والخيالي وكذا التاريخي ( أنتيغون أو إيفيجينا أو هيلين أو إيزولت أو جان دارك، و فرجينيا وولف.) ، مستعينة ب السرديات الأدبية(على سبيل المثال: مسرحية الملك لير ل ويليام شكسبير، مسرحية بنتيسيليا، لكلايست، حكاية ملكة الأمازونيات وقصة عشقها لأخيل وموتها، قصة القديسة والغول- جان دارك وجيل دي ريز، ل ميشيل تورنييه.) لتقريب فكرتها للمفهوم للقارئ بشكل مبسط وواضح .
Es un libro narrado desde el cuerpo, con una prosa que resbala sobre lo poético irregular pero periódicamente. Un recorrido semihistórico, genealógico sin dudar, sobre una multitud de figuras femeninas bajo una tangente común: el sacrifico como potencia agentiva, y la relación entre la memoria y el cuerpo en todo el proceso. Por si el contenido brillante de las ideas supiese a poco, Anne Dufourmantelle nos regala una de las producciones de psicoanálisis mejor escritas. No puedo dejar de recomendarlo encarecidamente.
Un essai puissant, qui comme l'ensemble des textes d'Anne Dufourmantelle, exprime la complexité du rapport a soi, a l'autre - et offre a la psychanalyse une force nouvelle. A l'interstice entre la recherche psychanalytique et philosophique, l'histoire de la littérature et l'analyse de genre, le livre nous oblige a nous poser cette question, dangereuse peut-être : en tant que femme, qu'elle est la dette que nous portons et comment nous mène t-elle de différentes manières a des sacrifices trop souvent silencieux?
Antígona, Ifigénia, Joana d’Arc ou Julieta. Apenas alguns exemplos de mulheres que, na tradição ocidental, ofereceram as suas vidas ao sacrifício. Para salvar um país, um familiar, um amado. A tradição cultural ocidental atribui às mulheres essa vocação para a abnegação e o sacrifício. Ao mesmo tempo faz corresponder a essa vocação o sentido de uma vida plena e digna. Sempre me interroguei sobre esta ligação das mulheres ao sacrifício, parecendo-me que tem subjacentes expectativas sociais e culturais e não tanta a real existência de tal vocação. Por isso, quando vi este livro pareceu-me um bom caminho para testar as minhas interrogações. A filósofa e psicanalista Anne Dufourmantelle oferece-nos este trabalho extraordinário. É uma obra bem estruturada, onde é evidente a sólida formação académica da autora e a sua capacidade de exposição. O livro pode ser lido com proveito e gosto quer por quem está familiarizado com a cultura clássica, quer por quem ainda não teve oportunidade de explorar esse campo. Isto porque, graças às suas capacidades pedagógicas, Dufourmantelle apresenta de forma clara as várias outras e arquétipos que utiliza para ilustrar as suas teses. Tem depois a capacidade de nos mostrar que estas figuras, como arquétipos ou pelo menos elementos culturais de referência, se projectam directa ou indirectamente nas nossas construções e respostas sociais. Mergulhamos em referências clássicas analisadas com profundidade numa aventura intelectual que qualquer leitor ou leitora não consegue recusar. Seguimos a escritora que vai dialogando connosco. Mostra-nos como figuras sacrificiais são privilegiadas na narrativa em detrimento de outras que escolheram o seu caminho pessoal (como Heloísa), recusando o sacrifício. E leva-nos a perceber como os mitos e construções clássicas estão presentes anos nossos dias. Com este livro compreendemos melhor o mundo e adquirimos instrumentos para nos entendermos também melhor.
Me gustó, siento que hace algunos análisis interesantes pero no me mato como llevaba a relacionar TODO con suicidios o TCAs o incesto, me pareció que en algunas partes se sentia forzado