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یک زن، سرگذشت کامی کلودل پیکر تراش
سی سال آفرینش،سی سال هم در تیمارستان
415 pages, Paperback
First published January 1, 1982
41 people are currently reading
1,212 people want to read
About the author
Anne Delbée
11books10followersFemme de théâtre à part entière, Anne Delbée est à la fois comédienne, metteur en scène, directrice de compagnie et pédagogue. Elle a souvent collaboré avec Antoine Vitez, et a signé la mise en scène d’une cinquantaine de spectacles pour le théâtre et l’opéra. On retiendra : La Traviata de Verdi, Don Giovanni de Mozart, Les Brigands de Schiller, L’Aiglon de Rostand, Othello de Shakespeare, Phèdre de Racine, Suréna de Corneille, Hernani de Hugo.
De Claudel, elle a porté à la scène plusieurs pièces dont Tête d’Or à la Maison de la Culture d’Angers en 1983 qu’elle reprendra à la Comédie Française en 2006. C’est également en 1983 qu’elle reçoit le Prix des lectrices de Elle pour son ouvrage Une femme, Camille Claudel publié aux Presses de la Renaissance.
Anne Delbée est aussi l’auteur de plusieurs romans dont Danse, Fayard, 1999 ; Le sourire de Sarah Bernhardt, Fayard, 2000 ; Il ne faut regarder que l’amour, Editions de l’Atelier, 2002 ; Jean Racine, Editions Xavier Barral / La Martinière, 2004 ; La 107è minute, Les Quatre Chemins, 2006.
Début 2008, Anne Delbée est nommée présidente du Syndicat National des Metteurs en Scène (SNMS).
De Claudel, elle a porté à la scène plusieurs pièces dont Tête d’Or à la Maison de la Culture d’Angers en 1983 qu’elle reprendra à la Comédie Française en 2006. C’est également en 1983 qu’elle reçoit le Prix des lectrices de Elle pour son ouvrage Une femme, Camille Claudel publié aux Presses de la Renaissance.
Anne Delbée est aussi l’auteur de plusieurs romans dont Danse, Fayard, 1999 ; Le sourire de Sarah Bernhardt, Fayard, 2000 ; Il ne faut regarder que l’amour, Editions de l’Atelier, 2002 ; Jean Racine, Editions Xavier Barral / La Martinière, 2004 ; La 107è minute, Les Quatre Chemins, 2006.
Début 2008, Anne Delbée est nommée présidente du Syndicat National des Metteurs en Scène (SNMS).
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September 20, 2020
Camille Claudel: Une Femme = Camille Claudel, Anne Delbée
Camille Claudel (8 December 1864 � 19 October 1943) was a French sculptor. Although she died in relative obscurity, Claudel has gained recognition for the originality of her work. She was the elder sister of the poet and diplomat Paul Claudel and the co-worker and lover of sculptor Auguste Rodin.
تاریخ نخستین خوانش: روز یازدهم ماه آوریل سال 2002میلادی
عنوان: یک زن: سرگذشت کامی (کامیله) کلودل پیکرتراش؛ اثر: آن دلبه� مترجم: مهستی بحرینی؛ تهران، نیلوفر، 1380؛ در 415 ص؛ شابک 9644480821؛ چاپ دوم 1385؛ عنوان دیگر سرگذشت کامی کلودل پیکرتراش؛ موضوع: سرگذشتنامه پیکرتراشان فرانسه - سده 20م
کامیله کلودل (روز هشتم ماه دسامبر سال 1864میلادی؛ روز نوزدهم ماه اکتبر سال 1943 میلادی) مجسمه� ساز فرانسوی، و هنرمند گرافیک، و خواهر شاعر و دیپلمات فرانسوی «پل کلودل» بودند؛ «کامیله کلودل»، در دورانی مجسمه� ساز شدند، که زنان گلدوزی می‌کردند� پیکرتراشیی کاری مردانه بود؛ «کامیله» و برادرش «پل»، و خواهرشان «لوییز»، از همان دوران کودکی، کارهای هنری را دوست میداشتند، و سرانجام نیز هر سه هنرمند شدند؛ «پل کلودل» نویسنده و شاعر، و «لوییز» آهنگساز، و «کامیله»، مجسمه� ساز شد؛ با خواندنش شما نیز همچو این فراموشکار اشک خواهید ریخت، بخوانید
تاریخ بهنگام رسانی 29/06/1399هجری خورشیدی؛ ا. شربیانی
Camille Claudel (8 December 1864 � 19 October 1943) was a French sculptor. Although she died in relative obscurity, Claudel has gained recognition for the originality of her work. She was the elder sister of the poet and diplomat Paul Claudel and the co-worker and lover of sculptor Auguste Rodin.
تاریخ نخستین خوانش: روز یازدهم ماه آوریل سال 2002میلادی
عنوان: یک زن: سرگذشت کامی (کامیله) کلودل پیکرتراش؛ اثر: آن دلبه� مترجم: مهستی بحرینی؛ تهران، نیلوفر، 1380؛ در 415 ص؛ شابک 9644480821؛ چاپ دوم 1385؛ عنوان دیگر سرگذشت کامی کلودل پیکرتراش؛ موضوع: سرگذشتنامه پیکرتراشان فرانسه - سده 20م
کامیله کلودل (روز هشتم ماه دسامبر سال 1864میلادی؛ روز نوزدهم ماه اکتبر سال 1943 میلادی) مجسمه� ساز فرانسوی، و هنرمند گرافیک، و خواهر شاعر و دیپلمات فرانسوی «پل کلودل» بودند؛ «کامیله کلودل»، در دورانی مجسمه� ساز شدند، که زنان گلدوزی می‌کردند� پیکرتراشیی کاری مردانه بود؛ «کامیله» و برادرش «پل»، و خواهرشان «لوییز»، از همان دوران کودکی، کارهای هنری را دوست میداشتند، و سرانجام نیز هر سه هنرمند شدند؛ «پل کلودل» نویسنده و شاعر، و «لوییز» آهنگساز، و «کامیله»، مجسمه� ساز شد؛ با خواندنش شما نیز همچو این فراموشکار اشک خواهید ریخت، بخوانید
تاریخ بهنگام رسانی 29/06/1399هجری خورشیدی؛ ا. شربیانی
October 21, 2023
Vor etwa 10 Jahren gelesen.
Eine so begabte Künstlerin, leidenschaftlich, sehr unglücklich.
Schwere psychische Krise nach der Trennung von Rodin.
Ihr Schicksal ist sehr bewegend (Auszüge aus Briefen, die sie in der damals als Irrenanstalt bezeichneten Klinik schrieb, werden von der Autorin, die Theaterregisseurin war, beigefügt).
Eine so begabte Künstlerin, leidenschaftlich, sehr unglücklich.
Schwere psychische Krise nach der Trennung von Rodin.
Ihr Schicksal ist sehr bewegend (Auszüge aus Briefen, die sie in der damals als Irrenanstalt bezeichneten Klinik schrieb, werden von der Autorin, die Theaterregisseurin war, beigefügt).
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February 11, 2025Camille Claudel, uma Mulher uma Artista #1
Aluna do senhor Rodin, sim, mas nunca será Miguel Ângelo. Aos olhos de toda a gente, ela não passa da jovem aluna de Rodin.
...na realidade, muito mais perto do que Rodin jamais chegou, Camille Claudel aproximou-se do grande Miguel Ângelo de várias formas*. Enquanto este, desde cedo dotado para as artes, tem de vencer oposição da família, acabando rapidamente a superar os mestres, vingando como homem rebelde, orgulhoso, confiante, que teve a proteção de admiradores, patronos e mecenas (e que patronos e que mecenas); Camille Claudel também ela precocemente genial, tem de superar a aversão da família às suas aspirações, acabando rapidamente por superar o mestre. Todavia, Camille não vinga como mulher rebelde, orgulhosa e confiante, antes acaba invejada e maltratada pelos seus pares.
- O atelier, os modelos, os materiais, nunca lá chegarás! - ouve a voz resmungona da mãe. Quantas despesas inúteis! O teu pai ajuda-nos, mas se parásses com isso, vivíamos muito melhor. Nem sequer comprei um vestido de Primavera para a Louise.
Camille quer trabalhar num verdadeiro atelier. Aqui não adiantará muito. Alfred Boucher vem regularmente dar conselhos, mas, Senhor!, como ela queria entrar num verdadeiro atelier de scultura. Sozinha não pode. Tomá-la-iam por um modelo ou por uma mulher de má vida, como diz a velha Hélène.
- Cuidado, Menina Camille, abotoe bem a gola. Depressa nos tomam por aquilo que não somos. Ter a consciência limpa não chega neste mundo.
Camille Claudel fez ouvidos moucos à recomendação da velha Hélène, e o preço que pagou, pagou bem caro.
Um certo Auguste Rodin, um desconhecido, faz escândalo. Acaba de chegar da Bélgica. Expôs, há dois anos, A Idade de Bronze no Salão de 1877. A primeira grande escultura. Tem trinta e seta anos. A peça parece tão perfeita que o júri o acusou de moldagen directa.[...]
Como é que uma pessoa se pode intitular escultora com processos daqueles! Torna-se tão simples como fazer bolos! Deita-se a pasta para dentro de um molde já desenhado. Espera-se e zás!, serve-se a forma numa bandeja. E o talhe directo, o esboço em terra? Ela nunca fará bolos. E depois, ele já é velho! Trinta e sete anos! Tem realmente tempo a perder. Quando ela espera com toda a força dos seus catorze anos!
Quis a ironia do destino que Rodin fosse substituir Paul Dubois, director da escola de Belas Artes, que havia acolhido Camille Claudel. O seu destino está traçado no momento em que o novo professor entra no atelier.
Estamos em 1882, a jovem escultora tem 18 anos e obra já feita (nada, em Camille, nasceu da convivência com Rodin).
Camille está espantada. Não é tanto a semelhança entre ela e o irmão que a inquieta, mas a similitude entre os dois bustos. O senhor Rodin e ela esculpiram da mesma maneira. E dele que é gémea. [...]
Camille olha para os dois bustos. Não se sabe talvez qual é Paul qual é Camille, mas também não se sabe quem esculpiu, o senhor Rodin ou a Menina Camille!
Rapidamente, a relação profissional dá azo a uma relação amorosa (que de amor pouco tem), e mesmo esta bem depressa degenera. Entre os dois, 24 anos de diferença.
Rodin vive amancebado, de longa data, com Rose Beuret, a mãe do seu filho (dois anos mais novo do que Camille) à qual sempre regressa depois de várias ligações frustradas.
Mas o idealismo de Camille não consente a opinião pública, não olha a meios para atingir os seus fins. A sua relação com Rodin é parte de um ritual de emancipação da família que lhe frustra as aspirações, da sociedade que a tenta manter espartilhada num papel submisso, e da arte que lhe exige o sacrifício da felicidade em troca da clarividência:
Camille caminha sob a chuva. A tempestade rebentou. Camille, curiosamente, sente-se feliz por estar só. Não gostaria de ficar ali. Conseguiu tudo da vida; agora pode morrer. Camille sente-se perigosamente poderosa, ama, conhece o amor, o resto não tem importância. Patinha de propósito nas poças de água. Ninguém mais lhe poderá ralhar, ninguém mais lhe dirá lá em casa seja o que for. Ela conhece o homem, é homem e mulher, é escultora! Grandes obras nascerão das suas mãos, colossais como aquilo que ele faz. Ela saberá aprender mais e mais. Um dia, esculpirá uma obra gigantesca, como Miguel Ângelo. Esta noite compreendeu a
inteligência da carne, captou o que lhe faltava. Diz-se que as Virgens são insensíveis: ela pensa o contrário. Esta noite já não é jovem incompleta, é uma mulher, livre, que caminha na noite e sabe aonde vai. Esta noite ela é Diana e Afrodite, domina, o mundo está a seus pés. Esta noite possuiu um homem, o homem que ela ama, esta noite o senhor Rodin amou-a pela primeira vez. Ela é tão forte como o próprio amor.
Mesmo assim, apesar de todos os sacrifícios e talento, Camille vive na sombra do "mestre", não se consegue descolar do rótulo de aprendiza (como tão bem evidencia a sua ǰDzԻêԳ), e a relação extra-conjugal que mantém com o escultor apenas atiça mais e mais as vozes.
Sobreviver como escultora e mulher é um desafio, vencer como mulher livre ainda o é mais:
- Uma mulher! Umas risadas aqui ou ali como as flores que se atiram no final da representação. E bonita acrescentara alguém, um brinquinho.
Camille fechara a porta, um pouco bruscamente, levantando a cabeça.
- Eu sou escultora.
Uma modelo meio despida especara-se diante dela, pasmada. Camille pensara: «Aqui está uma amiga!» E repetira-lhe:
- Eu sou escultora.
Ela olhara para ela, despida do seu olhar um pouco glauco. E repetira um pouco estupidamente:
-Uma escultora! Escultora, tu! Uma mulher! E ria agora com o seu riso forte:
-Vocês estão a ouvir? Esta senhora é escultora!
Camille ouvia ainda o eco do riso ruidoso. Alguns modelos, alguns homens tinham-na seguido; riam todos a bandeiras despegadas. [...]Curiosamente, os homens mantinham-se à distância, inquietos, não ousando gracejar. Ela era de outra raça. Como que os assustava.
Para Camille não chega ser aluna, não chega ser a inspiração do artista. Ela almeja o lugar proibido, mais do que servir ao artista ela quer ser o artista:
Quereria um verdadeiro modelo, um modelo seu, um par, uma mulher nua, um homem nu, escapar daquela série de bustos que a perseguiam homo fantasmas. Queria a carne nua para moldar, queria a vida, e não aqueles bustos, aquela série de bustos com os quais ensaiava como um cirurgião à espera do dia em que pudesse realmente operar a sério.
Durante os anos que se seguem, Camille Claudel mata-se a trabalhar, mas nem por isso é produtiva na sua obra. No atelier afadiga-se com o trabalho do escultor enquanto a sua própria escultura aguarda uma oportunidade. Mesmo o pouco trabalho que tem para mostrar tem dificuldade em ver a luz do dia.
Depois do Salão, foi nomeada membro da Sociedade Nacional das Belas-Artes. Tinha conseguido boas críticas sozinha.[...]
Ela teria preferido arranjar-se sozinha, mas não dispunha de fundos, e as encomendas não vinham. [...] Nada tinha para vender. O Sakuntala tinha de ser fundido em bronze, mas era demasiado caro. Ora, para vender, havia que dispor de exemplares, de cópias. Já para expor no Salão o busto de Auguste Rodin, ele se oferecera para a ajudar. Ela depois o reembolsaria. «Não tinha importância», dissera ele. Mas Camille fazia questão, agarrava-se à ideia. Ele encolhia os ombros. Quando chegara o segundo termo do aluguer, ela estava sem um vintém.
Apesar de todas as suas privações, não conseguiria.[...]
Quanto a Rodin, era nomeado cavaleiro da Legião de Honra.
Estamos em 1887, passam sete anos desde que Camille chegou a Paris, vinda de Villeneuve. Até está data, e apesar de afadigada a trabalhar para o mestre, Camille expõe e trabalha em várias peças suas, entre elas o famoso busto do escultor. Em 1892, Rodin será nomeado oficial da Legião de Honra, e no ano seguinte presidente da Sociedade Nacional de Belas Artes. O calvário de Camille Claudel começa aqui.
Camille afastava-se da técnica rodiniana, das explicações rigorosas, das proporções, dos modelos.
Ameaçado por uma crescente cisão artística e emocional (datam desta época Cloto e A Valsa), Rodin usa e abusa da sua posição de poder. Nos anos que se seguem, Camille é louvada e vilipendiada em igual medida por críticos e público, impedida de expor senão sob certas condições (condições essas que a manteriam cativa da dita "influência" de Rodin).
A postura de Camille, porém, é louvável. Fiel a si mesma, a artista recusa as exigências do agora presidente das Belas Artes.
Novamente, o seu sonho de vingar como mulher e como artista terá um custo. Entre os 30 e os 40 anos, Camille conhece os dois lados da moeda: expõe, recebe boas críticas, mas não vende.
O Salão de Maio foi um grande éxito. Vai fazer trinta e um anos no fim do ano. Toda a gente fala das Tagarelas, do Pintor, da Pequena Castelã, directamente esculpida no mármore, talhada pela própria artista. «Desde Miguel Angelo que isto não é feito!» Ela encolhe os ombros. Recebeu tantos elogios, mas também a quantidade de tolices que ouviu, mesmo elogiosas, deixa-a pensativa. O êxito. Não sabe o que isso é.
Alguma coisa impede o seu reconhecimento. Camille passa fome e frio, é ostracizada pelos seus pares, ignorada e maltratada pela família. Cresce a violência ao seu redor: o seu atelier é devastado, os seus trabalhadores insurgem-se; as encomendas cessam, os pagamentos atrasam-se, o cobrador apresenta-se quase diariamente.
Para Camille, Rodin é o orquestrador deste teatro de fantoches (e nada aponta o contrário).
Começa então uma série de destruição por parte da artista, e grande número das suas obras ter-se-á perdido neste frenesim.
A morte do pai no ano de 1913 ditará o culminar de uma crescente paranóia.
Levada à força do seu estúdio, sete dias depois, Camille é internada num asilo.
Segue-se o silêncio histórico.
«Não suporto os gritos de todas estas criaturas, é uma coisa que me transtorna. Meu Deus! Como eu queria estar em Villeneuve! Não fiz tudo aquilo que fiz para acabar a vida como um número de uma casa de saúde. Eu merecia outra coisa [...].»
Enquanto isso, a obra de Camille Claudel perde-se, vende-se, desapropria-se e expõe-se, sem conhecimento ou autorização da artista. Paul Claudel segue uma vida de consul e poeta (Camille figura sempre nas suas obras), vê os filhos crescer; Rodin casa finalmente com Rose Beuret (1917). Os dois morrerão no mesmo ano.
Depois de uma primeira morte em 1913, a segunda morte da artista e escultora Camille Claudel ainda se faz esperar.
Ele ergue-se gigantesco, poderoso, armado. O monstro fumega, protegido pela compacta cota de malha dura.
O Géyn de pedra desperta monstruosamente.
Aos seus pés, uma menina disforme vigia-o. Os olhos bem abertos. Ela esperou pacientemente. O tempo de ele terminar o seu pesado sono. Agora pode atacá-lo.
Tem as mãos nuas.
Sozinha.
Já não há ninguém naquele quarto gelado do hospital. Dia 19 de Outubro de 1943. O hospital de Montdevergues tem, nesse dia, outros doentes.
Camille. Tem setenta e nove anos.
*Há mais semelhanças entre Camille e Miguel Ângelo, nomeadamente, e talvez a mais importante, a confiança e o talento para atacar a escultura de forma direta, esculpindo diretamente no material (pedra) sem modelo prévio.
Aluna do senhor Rodin, sim, mas nunca será Miguel Ângelo. Aos olhos de toda a gente, ela não passa da jovem aluna de Rodin.
...na realidade, muito mais perto do que Rodin jamais chegou, Camille Claudel aproximou-se do grande Miguel Ângelo de várias formas*. Enquanto este, desde cedo dotado para as artes, tem de vencer oposição da família, acabando rapidamente a superar os mestres, vingando como homem rebelde, orgulhoso, confiante, que teve a proteção de admiradores, patronos e mecenas (e que patronos e que mecenas); Camille Claudel também ela precocemente genial, tem de superar a aversão da família às suas aspirações, acabando rapidamente por superar o mestre. Todavia, Camille não vinga como mulher rebelde, orgulhosa e confiante, antes acaba invejada e maltratada pelos seus pares.
- O atelier, os modelos, os materiais, nunca lá chegarás! - ouve a voz resmungona da mãe. Quantas despesas inúteis! O teu pai ajuda-nos, mas se parásses com isso, vivíamos muito melhor. Nem sequer comprei um vestido de Primavera para a Louise.
Camille quer trabalhar num verdadeiro atelier. Aqui não adiantará muito. Alfred Boucher vem regularmente dar conselhos, mas, Senhor!, como ela queria entrar num verdadeiro atelier de scultura. Sozinha não pode. Tomá-la-iam por um modelo ou por uma mulher de má vida, como diz a velha Hélène.
- Cuidado, Menina Camille, abotoe bem a gola. Depressa nos tomam por aquilo que não somos. Ter a consciência limpa não chega neste mundo.
Camille Claudel fez ouvidos moucos à recomendação da velha Hélène, e o preço que pagou, pagou bem caro.
Um certo Auguste Rodin, um desconhecido, faz escândalo. Acaba de chegar da Bélgica. Expôs, há dois anos, A Idade de Bronze no Salão de 1877. A primeira grande escultura. Tem trinta e seta anos. A peça parece tão perfeita que o júri o acusou de moldagen directa.[...]
Como é que uma pessoa se pode intitular escultora com processos daqueles! Torna-se tão simples como fazer bolos! Deita-se a pasta para dentro de um molde já desenhado. Espera-se e zás!, serve-se a forma numa bandeja. E o talhe directo, o esboço em terra? Ela nunca fará bolos. E depois, ele já é velho! Trinta e sete anos! Tem realmente tempo a perder. Quando ela espera com toda a força dos seus catorze anos!
Quis a ironia do destino que Rodin fosse substituir Paul Dubois, director da escola de Belas Artes, que havia acolhido Camille Claudel. O seu destino está traçado no momento em que o novo professor entra no atelier.
Estamos em 1882, a jovem escultora tem 18 anos e obra já feita (nada, em Camille, nasceu da convivência com Rodin).
Camille está espantada. Não é tanto a semelhança entre ela e o irmão que a inquieta, mas a similitude entre os dois bustos. O senhor Rodin e ela esculpiram da mesma maneira. E dele que é gémea. [...]
Camille olha para os dois bustos. Não se sabe talvez qual é Paul qual é Camille, mas também não se sabe quem esculpiu, o senhor Rodin ou a Menina Camille!
Rapidamente, a relação profissional dá azo a uma relação amorosa (que de amor pouco tem), e mesmo esta bem depressa degenera. Entre os dois, 24 anos de diferença.
Rodin vive amancebado, de longa data, com Rose Beuret, a mãe do seu filho (dois anos mais novo do que Camille) à qual sempre regressa depois de várias ligações frustradas.
Mas o idealismo de Camille não consente a opinião pública, não olha a meios para atingir os seus fins. A sua relação com Rodin é parte de um ritual de emancipação da família que lhe frustra as aspirações, da sociedade que a tenta manter espartilhada num papel submisso, e da arte que lhe exige o sacrifício da felicidade em troca da clarividência:
Camille caminha sob a chuva. A tempestade rebentou. Camille, curiosamente, sente-se feliz por estar só. Não gostaria de ficar ali. Conseguiu tudo da vida; agora pode morrer. Camille sente-se perigosamente poderosa, ama, conhece o amor, o resto não tem importância. Patinha de propósito nas poças de água. Ninguém mais lhe poderá ralhar, ninguém mais lhe dirá lá em casa seja o que for. Ela conhece o homem, é homem e mulher, é escultora! Grandes obras nascerão das suas mãos, colossais como aquilo que ele faz. Ela saberá aprender mais e mais. Um dia, esculpirá uma obra gigantesca, como Miguel Ângelo. Esta noite compreendeu a
inteligência da carne, captou o que lhe faltava. Diz-se que as Virgens são insensíveis: ela pensa o contrário. Esta noite já não é jovem incompleta, é uma mulher, livre, que caminha na noite e sabe aonde vai. Esta noite ela é Diana e Afrodite, domina, o mundo está a seus pés. Esta noite possuiu um homem, o homem que ela ama, esta noite o senhor Rodin amou-a pela primeira vez. Ela é tão forte como o próprio amor.
Mesmo assim, apesar de todos os sacrifícios e talento, Camille vive na sombra do "mestre", não se consegue descolar do rótulo de aprendiza (como tão bem evidencia a sua ǰDzԻêԳ), e a relação extra-conjugal que mantém com o escultor apenas atiça mais e mais as vozes.
Sobreviver como escultora e mulher é um desafio, vencer como mulher livre ainda o é mais:
- Uma mulher! Umas risadas aqui ou ali como as flores que se atiram no final da representação. E bonita acrescentara alguém, um brinquinho.
Camille fechara a porta, um pouco bruscamente, levantando a cabeça.
- Eu sou escultora.
Uma modelo meio despida especara-se diante dela, pasmada. Camille pensara: «Aqui está uma amiga!» E repetira-lhe:
- Eu sou escultora.
Ela olhara para ela, despida do seu olhar um pouco glauco. E repetira um pouco estupidamente:
-Uma escultora! Escultora, tu! Uma mulher! E ria agora com o seu riso forte:
-Vocês estão a ouvir? Esta senhora é escultora!
Camille ouvia ainda o eco do riso ruidoso. Alguns modelos, alguns homens tinham-na seguido; riam todos a bandeiras despegadas. [...]Curiosamente, os homens mantinham-se à distância, inquietos, não ousando gracejar. Ela era de outra raça. Como que os assustava.
Para Camille não chega ser aluna, não chega ser a inspiração do artista. Ela almeja o lugar proibido, mais do que servir ao artista ela quer ser o artista:
Quereria um verdadeiro modelo, um modelo seu, um par, uma mulher nua, um homem nu, escapar daquela série de bustos que a perseguiam homo fantasmas. Queria a carne nua para moldar, queria a vida, e não aqueles bustos, aquela série de bustos com os quais ensaiava como um cirurgião à espera do dia em que pudesse realmente operar a sério.
Durante os anos que se seguem, Camille Claudel mata-se a trabalhar, mas nem por isso é produtiva na sua obra. No atelier afadiga-se com o trabalho do escultor enquanto a sua própria escultura aguarda uma oportunidade. Mesmo o pouco trabalho que tem para mostrar tem dificuldade em ver a luz do dia.
Depois do Salão, foi nomeada membro da Sociedade Nacional das Belas-Artes. Tinha conseguido boas críticas sozinha.[...]
Ela teria preferido arranjar-se sozinha, mas não dispunha de fundos, e as encomendas não vinham. [...] Nada tinha para vender. O Sakuntala tinha de ser fundido em bronze, mas era demasiado caro. Ora, para vender, havia que dispor de exemplares, de cópias. Já para expor no Salão o busto de Auguste Rodin, ele se oferecera para a ajudar. Ela depois o reembolsaria. «Não tinha importância», dissera ele. Mas Camille fazia questão, agarrava-se à ideia. Ele encolhia os ombros. Quando chegara o segundo termo do aluguer, ela estava sem um vintém.
Apesar de todas as suas privações, não conseguiria.[...]
Quanto a Rodin, era nomeado cavaleiro da Legião de Honra.
Estamos em 1887, passam sete anos desde que Camille chegou a Paris, vinda de Villeneuve. Até está data, e apesar de afadigada a trabalhar para o mestre, Camille expõe e trabalha em várias peças suas, entre elas o famoso busto do escultor. Em 1892, Rodin será nomeado oficial da Legião de Honra, e no ano seguinte presidente da Sociedade Nacional de Belas Artes. O calvário de Camille Claudel começa aqui.
Camille afastava-se da técnica rodiniana, das explicações rigorosas, das proporções, dos modelos.
Ameaçado por uma crescente cisão artística e emocional (datam desta época Cloto e A Valsa), Rodin usa e abusa da sua posição de poder. Nos anos que se seguem, Camille é louvada e vilipendiada em igual medida por críticos e público, impedida de expor senão sob certas condições (condições essas que a manteriam cativa da dita "influência" de Rodin).
A postura de Camille, porém, é louvável. Fiel a si mesma, a artista recusa as exigências do agora presidente das Belas Artes.
Novamente, o seu sonho de vingar como mulher e como artista terá um custo. Entre os 30 e os 40 anos, Camille conhece os dois lados da moeda: expõe, recebe boas críticas, mas não vende.
O Salão de Maio foi um grande éxito. Vai fazer trinta e um anos no fim do ano. Toda a gente fala das Tagarelas, do Pintor, da Pequena Castelã, directamente esculpida no mármore, talhada pela própria artista. «Desde Miguel Angelo que isto não é feito!» Ela encolhe os ombros. Recebeu tantos elogios, mas também a quantidade de tolices que ouviu, mesmo elogiosas, deixa-a pensativa. O êxito. Não sabe o que isso é.
Alguma coisa impede o seu reconhecimento. Camille passa fome e frio, é ostracizada pelos seus pares, ignorada e maltratada pela família. Cresce a violência ao seu redor: o seu atelier é devastado, os seus trabalhadores insurgem-se; as encomendas cessam, os pagamentos atrasam-se, o cobrador apresenta-se quase diariamente.
Para Camille, Rodin é o orquestrador deste teatro de fantoches (e nada aponta o contrário).
Começa então uma série de destruição por parte da artista, e grande número das suas obras ter-se-á perdido neste frenesim.
A morte do pai no ano de 1913 ditará o culminar de uma crescente paranóia.
Levada à força do seu estúdio, sete dias depois, Camille é internada num asilo.
Segue-se o silêncio histórico.
«Não suporto os gritos de todas estas criaturas, é uma coisa que me transtorna. Meu Deus! Como eu queria estar em Villeneuve! Não fiz tudo aquilo que fiz para acabar a vida como um número de uma casa de saúde. Eu merecia outra coisa [...].»
Enquanto isso, a obra de Camille Claudel perde-se, vende-se, desapropria-se e expõe-se, sem conhecimento ou autorização da artista. Paul Claudel segue uma vida de consul e poeta (Camille figura sempre nas suas obras), vê os filhos crescer; Rodin casa finalmente com Rose Beuret (1917). Os dois morrerão no mesmo ano.
Depois de uma primeira morte em 1913, a segunda morte da artista e escultora Camille Claudel ainda se faz esperar.
Ele ergue-se gigantesco, poderoso, armado. O monstro fumega, protegido pela compacta cota de malha dura.
O Géyn de pedra desperta monstruosamente.
Aos seus pés, uma menina disforme vigia-o. Os olhos bem abertos. Ela esperou pacientemente. O tempo de ele terminar o seu pesado sono. Agora pode atacá-lo.
Tem as mãos nuas.
Sozinha.
Já não há ninguém naquele quarto gelado do hospital. Dia 19 de Outubro de 1943. O hospital de Montdevergues tem, nesse dia, outros doentes.
Camille. Tem setenta e nove anos.
*Há mais semelhanças entre Camille e Miguel Ângelo, nomeadamente, e talvez a mais importante, a confiança e o talento para atacar a escultura de forma direta, esculpindo diretamente no material (pedra) sem modelo prévio.
February 26, 2019
"
اسمش کلودل بوده،
کامی کلودل،
با چشمان آبی تیره،
نام برادرش پل کلودل،
و عاشقش آگوست رودن،
همدلش کلود دبوسی.
سی سال آفرینش،سی سال هم در تیمارستان.
"
هیچ برنامه ای برای خوندنش نداشتم و اصلا چنین شخصیت�� رو نمیشناختم!خیلی اتفاقی توو قفسه کتاب ها دیدمش و چند دقیقه فقط به تصویرِ زنی که روی جلد کتاب بود خیره شدم.برِش نداشتم کتاب های زیادی داشتم برا خوندن!و یه چیز جالب اینکه چهره ی این زن از جلوی چشمام کنار ��میرفت و تمام آخرهفته رو بهش فکر میکردم تا شنبه سرفرصت برم و کتاب رو بگیرم و بخونم!
کامی کلودل یه مجسمه ساز با استعداد بود که توی حرفه ش به عنوان یک زن اونجوری که باید مورد قبول واقع نشد.کتاب از سختی های کامی توی این راه میگه.
این زن با همه ی اون دردهایی که تحمل کرد و سرگذشتِ تلخش یه جورایی الان بخشی از وجود ِ من شده...
اسمش کلودل بوده،
کامی کلودل،
با چشمان آبی تیره،
نام برادرش پل کلودل،
و عاشقش آگوست رودن،
همدلش کلود دبوسی.
سی سال آفرینش،سی سال هم در تیمارستان.
"
هیچ برنامه ای برای خوندنش نداشتم و اصلا چنین شخصیت�� رو نمیشناختم!خیلی اتفاقی توو قفسه کتاب ها دیدمش و چند دقیقه فقط به تصویرِ زنی که روی جلد کتاب بود خیره شدم.برِش نداشتم کتاب های زیادی داشتم برا خوندن!و یه چیز جالب اینکه چهره ی این زن از جلوی چشمام کنار ��میرفت و تمام آخرهفته رو بهش فکر میکردم تا شنبه سرفرصت برم و کتاب رو بگیرم و بخونم!
کامی کلودل یه مجسمه ساز با استعداد بود که توی حرفه ش به عنوان یک زن اونجوری که باید مورد قبول واقع نشد.کتاب از سختی های کامی توی این راه میگه.
این زن با همه ی اون دردهایی که تحمل کرد و سرگذشتِ تلخش یه جورایی الان بخشی از وجود ِ من شده...
June 30, 2018
Naam - Claudel
Voornaam - Camille
Beeldhouwster
Geboortedatum - 8 december 1864
Ogen - donkerblauw
Broer - Paul Claudel
Minnaar - Auguste Rodin
Vriend - Claude Debussy
Dertig jaar schepping
30 jaar gesticht
Overleden - 19 oktober 1943
.
Camille Claudel maakte prachtige beelden, expressief gevoelig waar Rodin net wat te glad en perfect is. Het verhaal wat verteld wordt is hartverscheurend, vooral de wanhopige fragmenten uit de brieven die Camille Claudel vanuit het gesticht stuurde laten een pijnlijke realiteit zien. 30 Jaar is de voortdurende beklemming die je op de achtergrond voelt en dan is er ook nog het harnas van haar tijd om het talent van een vrouwelijke beeldhoudster te durven zien.
.
Een uitermate interessant boek, wat ik heel geboeid gelezen heb. Tegelijkertijd kon ik gewoon niet de juiste toonhoogte van de schrijfster pakken waardoor ik nooit in het verhaal meegezogen werd. Voor mijn gevoel ligt dat meer aan mijzelf dan aan de schrijfstijl, de vertaling was goed, de aandacht waarmee het boek geschreven werd ook, maar ik raakte vaak de draad letterlijk kwijt.
Voornaam - Camille
Beeldhouwster
Geboortedatum - 8 december 1864
Ogen - donkerblauw
Broer - Paul Claudel
Minnaar - Auguste Rodin
Vriend - Claude Debussy
Dertig jaar schepping
30 jaar gesticht
Overleden - 19 oktober 1943
.
Camille Claudel maakte prachtige beelden, expressief gevoelig waar Rodin net wat te glad en perfect is. Het verhaal wat verteld wordt is hartverscheurend, vooral de wanhopige fragmenten uit de brieven die Camille Claudel vanuit het gesticht stuurde laten een pijnlijke realiteit zien. 30 Jaar is de voortdurende beklemming die je op de achtergrond voelt en dan is er ook nog het harnas van haar tijd om het talent van een vrouwelijke beeldhoudster te durven zien.
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Een uitermate interessant boek, wat ik heel geboeid gelezen heb. Tegelijkertijd kon ik gewoon niet de juiste toonhoogte van de schrijfster pakken waardoor ik nooit in het verhaal meegezogen werd. Voor mijn gevoel ligt dat meer aan mijzelf dan aan de schrijfstijl, de vertaling was goed, de aandacht waarmee het boek geschreven werd ook, maar ik raakte vaak de draad letterlijk kwijt.
'Verzacht nooit de lelijkheid, de aftakeling van de ouderdom. Als u de natuur herschikt, als u haar versluiert, haar vermomt, schept u lelijkheid omdat u bang bent voor de waarheid.'
August 7, 2012
Camille Claudel is such a tragic character: a talented sculptor she was betrayed by her lover (Rodin) and by her brother (Paul Claudel). She was called crazy in a time when women where mere objects of afection and/or adoration. She went against the idea of a woman at the end of the nineteenth century, with her approach to art, love, sex and intimacy. She, with Artemisia Gentileschi, are two of my favorite artists ever: they dared to go against the tides and where beaten by them, but never conquered.
September 15, 2015
سپید
در روشنایی تابناک روز
صبحدم به راه افتادیم
شکوه پاییز
در آسمان دور می غرد
بانگ اندوهناک شیپوری تسلیت ناپذیر
به سبب فصلی که دیگر نیست
که دیگر نیست به سبب این تنها روز شگرف
روزی که با آن آنچه بود دیگر نیست...
پل کلودل-ترانه پاییزی
در روشنایی تابناک روز
صبحدم به راه افتادیم
شکوه پاییز
در آسمان دور می غرد
بانگ اندوهناک شیپوری تسلیت ناپذیر
به سبب فصلی که دیگر نیست
که دیگر نیست به سبب این تنها روز شگرف
روزی که با آن آنچه بود دیگر نیست...
پل کلودل-ترانه پاییزی
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April 26, 2015"همیشه یک چیز غایب هست که مرا آزار می دهد"
November 21, 2016
داستان زندگی کامی کلودل اولین زن پیکرتراش.زنی قوی،خودساخته،نابغه در دنیایی کاملا مردانه
زنی که با تمام وجود عاشق و شیفته پیکرتراشی بود،عاشق و شیفته استادش.
کامی و رودن
هرچقدر کامی قوی استاد ضعیف،کامی ناشناس استاد سرشناس.
کامی با غرورش از درون خرد شد.دقیقا مثالی که خودش آورد مرمر پوک. ظاهری سخت درونی خالی.سرانجامش مرگ در گوشه ای از تیمارستان و مزاری نامعلوم.
از کامی فقط و فقط نامش و پیکره هایش مانده است و دیگر هیچ.
زنی که با تمام وجود عاشق و شیفته پیکرتراشی بود،عاشق و شیفته استادش.
کامی و رودن
هرچقدر کامی قوی استاد ضعیف،کامی ناشناس استاد سرشناس.
کامی با غرورش از درون خرد شد.دقیقا مثالی که خودش آورد مرمر پوک. ظاهری سخت درونی خالی.سرانجامش مرگ در گوشه ای از تیمارستان و مزاری نامعلوم.
از کامی فقط و فقط نامش و پیکره هایش مانده است و دیگر هیچ.
April 19, 2015
gereksiz duygusallıklarla dolu bir biyografimsi. ne oluyor ne bitiyor anlamak için çok çaba sarf etmek ve camille claudel'in hayatını ayrıca bilmek gerekiyor. zaten rodin'le sevişme sahnesi canlandırmalarından ve kardeşinin romanlarından aptal alıntılar dışında hiçbir şey olmadığından niye okudum ki ben bunu dedirtiyor. okumasanız da olur.
December 26, 2019
Je n'ai pas accroché à la plume d'Anne Delbée mais l'histoire de Camille Claudel est vraiment bouleversante et les extraits de lettre sont prenants !
April 7, 2024
این کتاب با اشک و آه و خون جگر تموم شد، اندوهگینم به سنگینی ظلم زمانه
December 17, 2017
In “The Lady of Shallot� Tennyson tells us that a woman must chose between art and love. She cannot have both � love will destroy the art. In some respects, he is correct, or at least was correct, considering that a woman would have duties that needed to be done. And yet, in other respects he was wrong. It isn’t love that destroys a woman’s art but lust � and usually not her.
This year (2017), Hollywood has been rocked by various scandals, the widest spread apparently that of Harvey Weinstein. What many have pointed out, including in places like the New York Times, is the art that we have missed and the art that has been changed. The Times dealt on the career of Annabella Sciorra after her rape by Weinstein. Salma Hayek wrote a powerful piece about how the filming of Frida was compromised and changed by Weinstein, in particular how full-frontal nudity was done because otherwise Weinstein threatened to kill the filming � tell me how that isn’t rape?
Yet, it seems such things have been occurring for so long. I’m not just talking about the treatment of Garland, Monroe, and the old studio stable system, but further back than that. Delbee address the question head on in her autobiographical novel about Camille Claudel.
Claudel had the misfortune to be a woman and an artist at time when women as artist weren’t quite valued in the way they should have been � in other words as artists first. She eventually becomes the student, inspiration, and lover of Rodin � though student might not be a fully accurate term. Yet what Delbee captures and dwells upon his Claudel’s outsider position as outsider. She is not a conventional or modest woman, she is an artist and not a model, she is a woman student and not male one. She is Rodin’s model, inspiration, mistress, and student. She both is and is not. It is hardly surprising that she rages.
It is something that Rodin does not have to face, as he does not have to face the question of whether his art is really his art as opposed to his master’s.
Delbee’s narrative is not exactly linear for the chapters alternate with letters from an alyssum, where Claudel spends part of her life. It is a quasi-channeling of Gilman’s Yellow Wallpaper, and one wonders what Gilman would’ve thought of both Claudel and today’s #MeToo movement.
There is magic and strength in Delbee’s writing and she carries you ago. Claudel is not a passive victim, and if she is a victim, it is of society and the demons in her own mind.
This year (2017), Hollywood has been rocked by various scandals, the widest spread apparently that of Harvey Weinstein. What many have pointed out, including in places like the New York Times, is the art that we have missed and the art that has been changed. The Times dealt on the career of Annabella Sciorra after her rape by Weinstein. Salma Hayek wrote a powerful piece about how the filming of Frida was compromised and changed by Weinstein, in particular how full-frontal nudity was done because otherwise Weinstein threatened to kill the filming � tell me how that isn’t rape?
Yet, it seems such things have been occurring for so long. I’m not just talking about the treatment of Garland, Monroe, and the old studio stable system, but further back than that. Delbee address the question head on in her autobiographical novel about Camille Claudel.
Claudel had the misfortune to be a woman and an artist at time when women as artist weren’t quite valued in the way they should have been � in other words as artists first. She eventually becomes the student, inspiration, and lover of Rodin � though student might not be a fully accurate term. Yet what Delbee captures and dwells upon his Claudel’s outsider position as outsider. She is not a conventional or modest woman, she is an artist and not a model, she is a woman student and not male one. She is Rodin’s model, inspiration, mistress, and student. She both is and is not. It is hardly surprising that she rages.
It is something that Rodin does not have to face, as he does not have to face the question of whether his art is really his art as opposed to his master’s.
Delbee’s narrative is not exactly linear for the chapters alternate with letters from an alyssum, where Claudel spends part of her life. It is a quasi-channeling of Gilman’s Yellow Wallpaper, and one wonders what Gilman would’ve thought of both Claudel and today’s #MeToo movement.
There is magic and strength in Delbee’s writing and she carries you ago. Claudel is not a passive victim, and if she is a victim, it is of society and the demons in her own mind.
February 25, 2019
2.5
Écrire la vie de l'artiste de génie, Camille Claudel, une sculpteuse innovatrice and talentueuse, qui a connu la vie tragique avec 30 ans de création laborieuse et 30 ans à l'hôpital psychiatrique, n'était pas une mince affaire. Je dirais même que c'était peut-être trop ambitieux pour l'auteure.
Je dois reconnaître que j'ai pu sentir que beaucoup de recherches avait été effectué pour écrire ce roman, mais le style d'écriture, se voulant poétique et lyrique, m'a paru souvent maladroit et, de ce fait, n'a pas su rendre justice à cette recherche. Il y avait quelques passages qui m'ont beaucoup plu par les tournures de phrases et les analogies, mais ces moments étaient plutôt l'exception que la règle. De plus, il y avait des changements de points de vue inopinés et il manquait de linéarité en ce sens, ce qui rendait la narration confuse par moments.
Je suis peut-être sévère, mais ceci est mon opinion personnelle, basée sur mes exigences que je me suis bâties au fil de mes lectures.
Je suis tout de même contente que Mme Delbée est tentée l'expérience, car grâce à elle, j'ai pu connaître l'artiste méconnue qui a toujours vécu dans l'ombre d'Auguste Rodin.
Entrecouper le livre avec de véritables extraits des lettres que Camille Claudel a écrites à l'asile a été un des éléments que j'ai le plus apprécié de l'oeuvre.
Ce qui m'a le moins plu a été les derniers chapitres. Il était, à mon avis, difficile de comprendre ce qui se passait avec de nouveaux personnages introduits sans explication et avec le manque de suivi des actions d'un paragraphe à un autre. Je comprends que l'auteure voulait mettre de l'avant que la protagoniste, Camille Claudel, sombrait de plus en plus dans la folie, mais il aurait été plus judicieux de mettre un peu de cohérence dans sa folie (par le point de vue d'un autre personnage ou par un narrateur extérieur) pour ne pas finir sur une fin bâclée, ce qui semble être une injure pour un livre qui veut honoré la mémoire de l'artiste.
Je recommanderais quand même ce livre aux gens qui : aiment les biographies de personnages historiques sous forme de roman et aiment l'art, la sculpture.
Écrire la vie de l'artiste de génie, Camille Claudel, une sculpteuse innovatrice and talentueuse, qui a connu la vie tragique avec 30 ans de création laborieuse et 30 ans à l'hôpital psychiatrique, n'était pas une mince affaire. Je dirais même que c'était peut-être trop ambitieux pour l'auteure.
Je dois reconnaître que j'ai pu sentir que beaucoup de recherches avait été effectué pour écrire ce roman, mais le style d'écriture, se voulant poétique et lyrique, m'a paru souvent maladroit et, de ce fait, n'a pas su rendre justice à cette recherche. Il y avait quelques passages qui m'ont beaucoup plu par les tournures de phrases et les analogies, mais ces moments étaient plutôt l'exception que la règle. De plus, il y avait des changements de points de vue inopinés et il manquait de linéarité en ce sens, ce qui rendait la narration confuse par moments.
Je suis peut-être sévère, mais ceci est mon opinion personnelle, basée sur mes exigences que je me suis bâties au fil de mes lectures.
Je suis tout de même contente que Mme Delbée est tentée l'expérience, car grâce à elle, j'ai pu connaître l'artiste méconnue qui a toujours vécu dans l'ombre d'Auguste Rodin.
Entrecouper le livre avec de véritables extraits des lettres que Camille Claudel a écrites à l'asile a été un des éléments que j'ai le plus apprécié de l'oeuvre.
Ce qui m'a le moins plu a été les derniers chapitres. Il était, à mon avis, difficile de comprendre ce qui se passait avec de nouveaux personnages introduits sans explication et avec le manque de suivi des actions d'un paragraphe à un autre. Je comprends que l'auteure voulait mettre de l'avant que la protagoniste, Camille Claudel, sombrait de plus en plus dans la folie, mais il aurait été plus judicieux de mettre un peu de cohérence dans sa folie (par le point de vue d'un autre personnage ou par un narrateur extérieur) pour ne pas finir sur une fin bâclée, ce qui semble être une injure pour un livre qui veut honoré la mémoire de l'artiste.
Je recommanderais quand même ce livre aux gens qui : aiment les biographies de personnages historiques sous forme de roman et aiment l'art, la sculpture.
January 6, 2018
I had to read this for my French Reading and Composition class. I chose it at random because I had to and, at first glance, I was interested in reading a biography about a woman who wanted and dared to be a sculptress and to pursue her passion in a time when it was unthinkable for women to do so.
Camille's story is a story of struggle not only against the artistic society that didn't respect her and encourage her enough because she was a woman, but also against a big part of her family--her father was the only one to really support her and yet he was absent because he had to work, her mother despised her and her passions, and her brother wasn't really helpful in the end. It's also a story of passion for one's work and abilities, of strenght; a story of courage and of suffering for not being able to accomplish what she wanted to accomplish in her own time. It's a story about a tumultuous love affair with her famous mentor, Auguste Rodin, and it's a story of injustice against one of the great sculptors of the time. She was brushed aside, her life ended in an asylum, alone. So I'm glad that Anne Delbée reintroduced her to the world.
What I didn't like was her style. Camille's life and character were infitely more interesting to me than the author's writing, but the two obviously go together in this book, so I was very conflicted. I found myself constantly wishing to be reading about Camille from someone else. I would've enjoyed it a lot more.
Camille's story is a story of struggle not only against the artistic society that didn't respect her and encourage her enough because she was a woman, but also against a big part of her family--her father was the only one to really support her and yet he was absent because he had to work, her mother despised her and her passions, and her brother wasn't really helpful in the end. It's also a story of passion for one's work and abilities, of strenght; a story of courage and of suffering for not being able to accomplish what she wanted to accomplish in her own time. It's a story about a tumultuous love affair with her famous mentor, Auguste Rodin, and it's a story of injustice against one of the great sculptors of the time. She was brushed aside, her life ended in an asylum, alone. So I'm glad that Anne Delbée reintroduced her to the world.
What I didn't like was her style. Camille's life and character were infitely more interesting to me than the author's writing, but the two obviously go together in this book, so I was very conflicted. I found myself constantly wishing to be reading about Camille from someone else. I would've enjoyed it a lot more.
November 5, 2023
Ja, es gibt sie noch: Diese Buchjuwelen, die irgendwo schlummern und die man durch einen Tipp findet. Diese Biographie der Bildhauerin Camille Claudel hat mich sehr begeistert und berührt. Diese begnadete Künstlerin hatte ein trauriges Leben. Als Frau in einer Männerdomäne, als Geliebte von Auguste Rodin mit einer Fehlgeburt, als verstossene Tochter von der Mutter und als nicht erkannte Künstlerin stand sie immer im Schatten von Rodin. Einzig die Liebe zu ihrem Bruder gab ihr etwas Freude im Leben.
Besessen von ihrer Arbeit vergass sie 'zu leben' und die wiederkehrenden Rückschläge mit Geldproblemen führten dann zum totalen Zusammenbruch. Die letzten 30 Jahre ihres Lebens (1913-1943) verbrachte sie in einer 'Irrenanstalt', wo sie ihr Bruder 7x und die Mutter nie besuchte.
Dies alles wunderbar geschrieben mit Fotografien einiger ihrer Werke im Mittelteil. Ihr Museum befindet sich etwa 100 km süd-östlich von Paris. Steht nun auf meiner 'Wunschliste'.
Besessen von ihrer Arbeit vergass sie 'zu leben' und die wiederkehrenden Rückschläge mit Geldproblemen führten dann zum totalen Zusammenbruch. Die letzten 30 Jahre ihres Lebens (1913-1943) verbrachte sie in einer 'Irrenanstalt', wo sie ihr Bruder 7x und die Mutter nie besuchte.
Dies alles wunderbar geschrieben mit Fotografien einiger ihrer Werke im Mittelteil. Ihr Museum befindet sich etwa 100 km süd-östlich von Paris. Steht nun auf meiner 'Wunschliste'.
February 4, 2015
Quand j'ai commencé à lire "Une femme", je ne savais pas qui était Anne delbée, mais j'ai eu l'impression que je suis entrain de reagarder un film cinématographique. Anne delbée, femme de théatre, comédienne et metteur en scène possède aussi un talent littéraire exceptionnel.
"Une femme" ce roman qui raconte l'autobiographie de la "sculpteur" Camille Claudel' "soeur" de l'écrivain et poète Paul Claudel et "Amante" du fameux sculpteur Auguste Rodin.
Le lecteur de ce roman pourra facilement s'enfoncer à l'intérieur de Camille aussi bien à l'intérieur de Paul et de Rodin. les sentiments, les fantasmes, les douleurs profondes et memes les hallucinations sont toujours présents pour évoquer une vie réelle négligée et enterrée depuis longtemps à l'asile.
Anne Delbée a bien rendu hommage à Camille Claudel dans ce roman,cette femme qui a été victime non pas seulement de ses prohes mais de son talent. Un talent qui lui a provoqué un grand nombre d'ennemis.Comme Delbée l'a montré on découvre que le talent incite la jalousie des autres, c'est peut-etre un privilège maléfique qui n'aura pas toujours des fins heureuses.
"Une femme" ce roman qui raconte l'autobiographie de la "sculpteur" Camille Claudel' "soeur" de l'écrivain et poète Paul Claudel et "Amante" du fameux sculpteur Auguste Rodin.
Le lecteur de ce roman pourra facilement s'enfoncer à l'intérieur de Camille aussi bien à l'intérieur de Paul et de Rodin. les sentiments, les fantasmes, les douleurs profondes et memes les hallucinations sont toujours présents pour évoquer une vie réelle négligée et enterrée depuis longtemps à l'asile.
Anne Delbée a bien rendu hommage à Camille Claudel dans ce roman,cette femme qui a été victime non pas seulement de ses prohes mais de son talent. Un talent qui lui a provoqué un grand nombre d'ennemis.Comme Delbée l'a montré on découvre que le talent incite la jalousie des autres, c'est peut-etre un privilège maléfique qui n'aura pas toujours des fins heureuses.
December 9, 2013
خیلی کم پیش میاد کتابی رو بخونم و اینجوری دوستش داشته باشم....
کامی یه شخصیت واقعیه و انقدر خوب داستان زندگیش نوشته شده که میشه با خیلی جاهای این کتاب براش اشک ریخت یا فریاد زد.....
کتابی که شاید هربار از خودم خسته میشم دوباره بخونمش
کامی یه شخصیت واقعیه و انقدر خوب داستان زندگیش نوشته شده که میشه با خیلی جاهای این کتاب براش اشک ریخت یا فریاد زد.....
کتابی که شاید هربار از خودم خسته میشم دوباره بخونمش
August 14, 2012
همه ی زن ها خود را متفاوت می دانند . همه فکر میکنند که بعضی از چیز ها ممکن نیست برایشان پیش بیاید و همه اشتباه می کنند
June 3, 2014
کامی کلودل - پیکر تراش
حالا یک سالی می شود که کتاب را خوانده ام. هم چنان مجذوب نگاه زن روی جلدم. نگاهش، چهره اش، سرگذشت اش توی ذهنم جا خوش کرده.
حالا یک سالی می شود که کتاب را خوانده ام. هم چنان مجذوب نگاه زن روی جلدم. نگاهش، چهره اش، سرگذشت اش توی ذهنم جا خوش کرده.
May 21, 2018
Wel in het Frans gelezen!
February 28, 2023
Admiro profundamente a Camille Claudel y me ha encantado leer sobre su vida. Una pena que la forma de escribir de Anne Delbée sea genuinamente insoportable. Es evidente que su objetivo no es contar la historia de Camille sino lucirse ella de manera ostentosa
November 10, 2020
Una bella biografia, uno stile narrativo che ho trovato perfetto in quanto vigoroso ma anche lirico, sensuale, visionario come era Camille, una donna infinitamente forte e infinitamente fragile...
March 23, 2025
3,5 ? (this is a rodin hate account)
January 13, 2023
Taşlara hayat veren kadın..Camille Claudel. Yetenekli ve aşık bir adam.. Rodin. Sanat, tutku, aşk , delilik , dahilik bu kitabı en iyi anlatan cümleler bence. Küçük bir kız coçuğunun toprağa , çamura olan merakı , bu tutkusunu heykel sanatina taşıması ve bu yolculukta On'a aşkın eşlik etmesi. Yetenekli olmasına rağmen bir erkeğin gölgesinde kalan kadının çığlığı bu metin. Claudel, küçük yasta bile kardeşlerinden farklı, annesi tarafından eleştirilen, tutkularının peşinden giden bir karakter. Ve heykel aşkı onu bir başka aşkla tanıştırıyor . O da Rodin. Kadınlar o dönemde akademiye kabul edilmediği için sadece kadinların olduğu atolyede heykel yapmaya başlayan Camille, yeteneği ile insanları saşırtmaya başlıyor. Ama sanatçı Camille , heykeltraş Camille demiyor kimse . Rodin'in öğrencisi Camille , aşığı Camille ..Hep bir öteki Camille ...Hep bir gölgede saklı kalmış Camille. Rodin'in ihanetlerini içinde yaşamış, bir buhranla heykellerini kıran Camille..İste böyle duygu yoğunluğu güçlü bir metin Camille Claudel. Otobiyografi demek tamamen dogru değil, yazar Anne Delbée kendi duygu düşüncelerini metne aktarmış. Mitoloji , sanat, aşk satırların arasına serpiştirilmiş.. Çok yogun , ağır ve yavaş ilerleyen bir kitap olduğunu söyleyebilirim. Kitapta dönemin Fransa'sının entelektüel çevresine de tanık oluyorsunuz. Kimler yok ki; Debussy'den Octave Mirbeau, Emile Zola'ya kadar. Debussy ,Camille dostluğu bana Proust'u hatırlatttı. Proust'un da yakından tanıdığı bir isim Debussy. Yine dönemin Fransa'sını ayağa kaldıran Dreyfus davası kitapta geçen önemli olaylardan. Beni saşırtan Camille ve Rodin'in bu konu hakkında farklı düşüncelere sahip olması oldu. Camille'nin hastalığının ilerlemesinin anlatıldığı kısımlar metnin en can alıcı ve en duygu yüklü kısımları bana göre . Kitabın yazarı Anne Delbée 1978 yılında Camille Claudel'in erkek kardeşi olan Paul Claudel'in yazdığı Altın Baş adlı oyunu izlemeye gittiğinde Claudel'in hayatını yazmaya karar veriyor . O zamana kadar Camille sadece bir gölge. Sanati seviyorsanız, aşka ve taşlara hayat veren bu cesur kadının hayatını mutlaka okumalısınız . Şimdiden okumak isteyenlere keyifli okumalar dilerim.
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January 25, 2019یک زن سرگذشت کامی کلودل پیکرتراش
نویسنده: آن دلبه مترجم: #مهستی_بحرینی
انتشارات #نیلوفر چاپ اول 1380
«اسمش کلودل بوده،
با چشمان آبی تیره،
نام برادرش پل کلودل،
وعاشقش اگوست رودن،
همدلش کلود دبوسی.
سی سال آفرینش،
سی سال هم در تیمارستان.»
سرگذشت زنی که در دنیای مردانه و نفوذ ناپذیر هنر در فرانسه برای خواسته اش عاشقانه کوشید و بهای اولین بودن را با جنون و فقر پرداخت. کامیل کلودل در دوره‌ا� مجسمه ساز شد که زنان را به گلدوزی بیشتر تشویق می‌کردن� و مجسمه‌ساز� کاری مردانه بود. کامیل و برادرش پل و خواهرشان لوییز از همان کودکی به کارهای هنری علاقه‌من� بودند و سرانجام نیز هر سه هنرمند شدند. پل کلودل نویسنده شد و لوییز آهنگساز و کامیل مجسمه‌سا�.
او بر زندگی و کارهنری پیکرتراش بزرگ فرانسوی اگوست رودن تاثیر بسزایی داشت. کتاب را آن دلبه (متولد 1946 ، کارگردان تاتر و سینما و نویسنده ) از کارگردانان خوش ذوق فرانسه در جهت معرفی و نکوداشت کامیل کلودل گمنام به رشته تحریر دراورد که در فرانسه با استقبال فراوانی روبرو شد.
از زندگی این هنرمند دو فیلم هم ساخته شده: کامیل کلودل - ۱۹۸۸ - کارگردان: برونو نویتن // کامیل کلودل ۱۹۱۵ - ۲۰۱۳ - کارگردان: برونو دومون
بارها نام کتاب را شنیده بودم و علی الخصوص بعد دیدن فیلمی درباره کامیل کلودل مشتاق خواندنش بودم که بعد 14 سال از چاپ اول کتاب این فرصت دست داد. این کتاب برای مشتاقان و علاقه مندان به هنر قابل توجه است.
نویسنده: آن دلبه مترجم: #مهستی_بحرینی
انتشارات #نیلوفر چاپ اول 1380
«اسمش کلودل بوده،
با چشمان آبی تیره،
نام برادرش پل کلودل،
وعاشقش اگوست رودن،
همدلش کلود دبوسی.
سی سال آفرینش،
سی سال هم در تیمارستان.»
سرگذشت زنی که در دنیای مردانه و نفوذ ناپذیر هنر در فرانسه برای خواسته اش عاشقانه کوشید و بهای اولین بودن را با جنون و فقر پرداخت. کامیل کلودل در دوره‌ا� مجسمه ساز شد که زنان را به گلدوزی بیشتر تشویق می‌کردن� و مجسمه‌ساز� کاری مردانه بود. کامیل و برادرش پل و خواهرشان لوییز از همان کودکی به کارهای هنری علاقه‌من� بودند و سرانجام نیز هر سه هنرمند شدند. پل کلودل نویسنده شد و لوییز آهنگساز و کامیل مجسمه‌سا�.
او بر زندگی و کارهنری پیکرتراش بزرگ فرانسوی اگوست رودن تاثیر بسزایی داشت. کتاب را آن دلبه (متولد 1946 ، کارگردان تاتر و سینما و نویسنده ) از کارگردانان خوش ذوق فرانسه در جهت معرفی و نکوداشت کامیل کلودل گمنام به رشته تحریر دراورد که در فرانسه با استقبال فراوانی روبرو شد.
از زندگی این هنرمند دو فیلم هم ساخته شده: کامیل کلودل - ۱۹۸۸ - کارگردان: برونو نویتن // کامیل کلودل ۱۹۱۵ - ۲۰۱۳ - کارگردان: برونو دومون
بارها نام کتاب را شنیده بودم و علی الخصوص بعد دیدن فیلمی درباره کامیل کلودل مشتاق خواندنش بودم که بعد 14 سال از چاپ اول کتاب این فرصت دست داد. این کتاب برای مشتاقان و علاقه مندان به هنر قابل توجه است.
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October 25, 2021کتاب «یک زن» شرح حال واقعی زنی است هنرمند به نام کامی کلودل، خواهر شاعر نامدار فرانسه پل کلودل، که به صورت رمان نوشته شده است. کامی کلودل نخستین زنی بود که در اواخر قرن نوزدهم به هنر پیکر تراشی، عرصه ای که تا آن هنگام در انحصار مردان بود، روی آورد. طولی نکشید که استعداد خارق العاده اش توجّه همگان را به خود جلب کرد و پیکره های او تحسین هنرشناسان را بر انگیخت. امّا از آنجا که دست به کاری زده بود که هماهنگی چندانی با معیارهای اجتماعی آن روز نداشت و از آنجا که دستاوردهای درخشان هنری او حسادت افراد تنگ نظر را برانگیخته بود، بسیار زود هدف طعن و تهمت این گونه افراد قرار گرفت و زندگی بر او دشوار شد. از سوی دیگر، عشق بی سرانجام او به استادش اگوست رودن، یکی از بزرگترین پیکرتراشان جهان، برتلخکامی او افزود. با همۀ سخت کوشی و کار شبانه روزی، پیکره هایش خریدار نداشت و او ناچار بود که در فقر و تنگدستی به زندگی ادامه دهد
October 12, 2017
This is a poetically-written biography about the life of Camille Claudel, one of the first woman sculptors and the muse of Auguste Rodin. Each chapter starts with an excerpt of a poem or novel by her famous brother, Paul. Delbee highlights the difficulties Claudel had with being accepted as a woman and being understood. As a pupil of Rodin, he admitted the pupil had surpassed the master, unfortunately very few others would admit that. Bringing movement to her beautiful sculptures inspired a whole host of artists.
March 27, 2013
Sinds ik dit boek las, heb ik een fascinatie voor deze vrouwelijke beeldhouwster, die ten onrechte in de pychiatrie terechtkwam en wiens werk toch altijd een beetje in de schaduw van haar minnaar-mentor Rodin is blijven staan.
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