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O Crime do Padre Amaro
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Joana Marta's review
bookshelves: 1001-books-to-read-before-you-die, fiction, portuguese-authors, classics
Jul 08, 2021
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«Meu rapaz, tu podes ter socialmente todas as virtudes; mas, segundo a religião de nossos pais, todas as virtudes que não são católicas são inúteis e perniciosas. (...)
Queres tu um exemplo? Eu sou, segundo a doutrina católica, um dos grandes desavergonhados que passeiam as ruas da cidade; e o meu vizinho Peixoto, que matou a mulher com pancadas e que vai dando cabo no mesmo processo de uma filhita de dez anos, é entre o clero um homem excelente, porque cumpre os seus deveres de devoto e toca figle nas missas cantadas. Enfim, amigo, estas coisas são assim...» pp. 232 e 233
O mais próximo que tinha estado deste livro foi, quando há cerca de 16 anos, estreou o filme O Crime do Padre Amaro com realização de Carlos Coelho da Silva.
Na altura, os meus colegas andavam ansiosos para ver o filme (culpa da Soraia Chaves, diga-se) e eu acabei por ir por arrasto e, lembro-me, de ter detestado o filme. Certo é que comprei o livro anos mais tarde, e para aqui ficou a ganhar pó.
Ambos, ainda que com o mesmo nome, não poderiam ser mais diferentes. Apercebi-me entretanto que o filme foi já uma adaptação aos “tempos atuais� e deixei-me perder nesse engano, ignorando o pobre livro nas minhas estantes.
Verdadeiramente irónico edeliciosamente maliciosamente mordaz, O Crime do Padre Amaro fez-me dar umas boas gargalhadas e verdadeiramente regozijar-me com a leitura que dele fiz.
Uma obra que critica ferozmente a igreja dos padres corruptos, que colocam a sua autoridade, sobre os que nela acreditam (fervorosamente e devotamente, ou não) em benefÃcio próprio. E mais prementemente, claro, de que forma o celibato clerical é, por eles, (in)cumprido.
Foi uma leitura de que gostei muito e que recomendo.
Queres tu um exemplo? Eu sou, segundo a doutrina católica, um dos grandes desavergonhados que passeiam as ruas da cidade; e o meu vizinho Peixoto, que matou a mulher com pancadas e que vai dando cabo no mesmo processo de uma filhita de dez anos, é entre o clero um homem excelente, porque cumpre os seus deveres de devoto e toca figle nas missas cantadas. Enfim, amigo, estas coisas são assim...» pp. 232 e 233
O mais próximo que tinha estado deste livro foi, quando há cerca de 16 anos, estreou o filme O Crime do Padre Amaro com realização de Carlos Coelho da Silva.
Na altura, os meus colegas andavam ansiosos para ver o filme (culpa da Soraia Chaves, diga-se) e eu acabei por ir por arrasto e, lembro-me, de ter detestado o filme. Certo é que comprei o livro anos mais tarde, e para aqui ficou a ganhar pó.
Ambos, ainda que com o mesmo nome, não poderiam ser mais diferentes. Apercebi-me entretanto que o filme foi já uma adaptação aos “tempos atuais� e deixei-me perder nesse engano, ignorando o pobre livro nas minhas estantes.
Verdadeiramente irónico e
Uma obra que critica ferozmente a igreja dos padres corruptos, que colocam a sua autoridade, sobre os que nela acreditam (fervorosamente e devotamente, ou não) em benefÃcio próprio. E mais prementemente, claro, de que forma o celibato clerical é, por eles, (in)cumprido.
Foi uma leitura de que gostei muito e que recomendo.
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