ŷ������

”P�����ٴǰ����������� reúne seis contos de George Saunders (n. 1958): Pastoralia, Winky, Carvalho do Mar, O Fim de Firpo Neste Mundo, A Infelicidade do Barbeiro e As Cataratas; todos publicados originalmente na revista norte-americana New Yorker .
Os seis contos de George Saunders são histórias de homens e mulheres que têm comportamentos estranhos, exibindo uma excentricidade e uma singularidade incomum, por vezes, bizarra e esquisita, para os padrões de conduta “normais�� e que acabam por agir e reagir mostrando os medos e os receios que os apoquentam, as vergonhas que os fragilizam e as necessidades decorrentes de um dia-a-dia quase sempre frenético e neurótico. Todos eles, cada um à sua maneira, tentam ser felizes, mas acabam por tornar-se, quase sempre invariavelmente perdedores, ficando na expectativa de poderem ser castigados pelos “crimes�� e pelas imperfeições dos seus desempenhos.
A escrita de George Saunders é extremamente criativa e original; as histórias são irónicas, sombrias e melancólicas e reflectem as contradições implacáveis entre o amor, a família e o trabalho, numa América dominada pelo pessimismo e pela distopia.

Destaco dois contos : Pastoralia, um narrador do sexo masculino não identificado e uma mulher, Janet, estão preocupados porque podem perder o emprego num parque temático pré-histórico decrépito; uma dupla que não tem permissão para falar em inglês e que tem que agir como os homens e as mulheres das cavernas��;
”Uma coisa é mais do que certa, ficar a matutar nos problemas não os resolve. Embora, por outro lado, pensar de forma positiva sobre os problemas também não os resolva. Mas pelo menos somos positivos, e isso dá-nos, ou pelo menos devia dar-nos, alguma força, estão a ver? E é bom sentir força. A força é uma coisa necessária nestas alturas.�� (Pág. 50);

e Carvalho do Mar, O narrador é um stripper masculino no Joysticks.
Vive na urbanização Carvalho do Mar - mas não há carvalhos nem há mar, só uma centena de apartamentos sociais.
A tia Bernie é uma paz de alma. Não gosta de confusão.
A tia Bernie morre... e ressuscita... regressa ao apartamento, amarga e profana...
”Se calhar há mortos zangados em toda a parte, escondidos dentro de casas, tapados com cobertores, a dar ordens aos seus parentes assustados e envergonhados. (��)
Se ela agiu mal ao regressar, por favor perdoe-a ela nunca teve nada de jeito na vida, e além do mais estava a tentar ajudar-nos. (��) Mas por favor não a deixe regressar outra vez.�� (P. 147)"