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Mas que final foi este?! Fiquei com vontade de gritar para o livro, não estava nada à espera que isto acontecesse!!

A Holly Black é um génio por ter escrito um enredo tão intrigante é inteligente. Adoro o quanto está história é sombria, cheia de violência e traições, é difícil perceber em quem podemos confiar e leva-me a questionar tudo aquilo que as personagens fazem. Mais uma vez, o worldbuilding é espetacular, deixa-me completamente fascinada.

A Jude é uma das minhas personagens favoritas de sempre. Ela cresceu imenso e tornou-se uma mulher incrível, sabe aquilo que quero e sabe como o conseguir, está disposta a fazer o inimaginável para alcançar os seus objetivos. Ela é cruel e impiedosa, por vezes, mas o seu coração não endureceu e, lá no fundo, tudo o que ela quer é ser aceite, valorizada e amada, saber que é importante para alguém.

O Cardan também teve um crescimento incrível desde o primeiro livro. Quando o conhecemos pela primeira vez, parece apenas ser um rapaz cruel, que somente procura diversão, muitas vezes às custas dos outros. Ele é perverso, magoa os outros e parece importar-se com nada. Contudo, neste livro, vêmo-lo sobre outra perspectiva. Não querendo desculpar aquilo que ele fez, conhecendo um pouco mais da sua história e a forma como cresceu, não consigo deixar de compreender porque é que ele se comporta de tal maneira. Toda a sua vida, foi visto como um inútil, apenas um rapaz estúpido, sem valor. Neste segundo volume, torna-se rei, mas continua a ser um fantoche, tendo que seguir as ordens da Jude. Mas, aos poucos, Cardan foi percebendo que pode ser muito mais, pode pensar por si próprio e construir o seu próprio caminho. Acho que ele finalmente se apercebe do enorme poder que tem e aquilo que pode fazer com ele. Apesar de me ter magoado imenso aquilo que aconteceu com a Jude no final, vê-la tão impotente, o Cardan foi muito inteligente nas suas jogadas. A Jude mentiu-lhe imenso, mesmo quando ele mostrou que confiava nela, acho que, de alguma forma, ele também se quis vingar.

Estes dois conseguem fazer o meu coração derreter, ao mesmo tempo que o partem. Eles têm tanta dificuldade em compreender os seus sentimentos.