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Crash Quotes

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Crash Crash by J.G. Ballard
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Crash Quotes Showing 1-30 of 39
“I wanted to rub the human race in its own vomit, and force it to look in the mirror.”
J.G. Ballard, Crash
“After being bombarded endlessly by road-safety propaganda it was almost a relief to find myself in an actual accident.”
J.G. Ballard, Crash
“We live in a world ruled by fictions of every kind—mass merchandising, advertising, politics conducted as a branch of advertising, the instant translation of science and technology into popular imagery, the increasing blurring and intermingling of identities within the realm of consumer goods, the preempting of any free or original imaginative response to experience by the television screen. We live inside an enormous novel. For the writer in particular it is less and less necessary for him to invent the fictional content of his novel. The fiction is already there. The writer's task is to invent the reality.”
J.G. Ballard, Crash
“Trying to exhaust himself, Vaughan devised an endless almanac of terrifying wounds and insane collisions: The lungs of elderly men punctured by door-handles; the chests of young women impaled on steering-columns; the cheek of handsome youths torn on the chromium latches of quarter-lights. To Vaughan, these wounds formed the key to a new sexuality, born from a perverse technology. The images of these wounds hung in the gallery of his mind, like exhibits in the museum of a slaughterhouse.”
J.G. Ballard, Crash
“The enormous energy of the twentieth century, enough to drive the planet into a new orbit around a happier star, was being expended to maintain this immense motionless pause.”
J.G. Ballard, Crash
“I guessed that he was one of those ambitious young physicians who more and more fill the profession, opportunists with a fashionable hoodlum image, openly hostile to their patients. My brief stay at the hospital had already convinced me that the medical profession was an open door to anyone nursing a grudge against the human race.”
J.G. Ballard, Crash
“This dreamlike logic hung over the entire afternoon.”
J.G. Ballard, Crash
“The long triangular grooves on the car had been formed within the death of an unknown creature, its vanished identity abstracted in terms of the geometry of this vehicle. How much more mysterious would be our own deaths, and those of the famous and powerful?”
J.G. Ballard, Crash
“We have annexed the future into the present, as merely one of those manifold alternatives open to us. Options multiply around us, and we live in an almost infantile world where any demand, any possibility, whether for life-styles, travel, sexual roles and identities, can be satisfied instantly.”
J.G. Ballard, Crash
“Horns sounded from the trapped vehicles on the motorway, a despairing chorus.”
J.G. Ballard, Crash
“Какая деталь разбивающейся машины поцеловала этот пенис на свадьбе его оргазма и хромированной ручки прибора?”
J.G. Ballard, Crash
“He dreamed of ambassadorial limousines crashing into jack-knifing butane tankers, of taxis filled with celebrating children colliding head-on below the bright display windows of deserted supermarkets. He dreamed of alienated brothers and sisters, by chance meeting each other on collision courses on the access roads of petrochemical plants, their unconscious incest made explicit in this colliding metal, in the heamorrhages of their brain tissue flowering beneath the aluminized compression chambers and reactions vessels.”
J.G. Ballard, Crash
“As I sat with her by the airport fence in her darkened car, her white breast in my hand lit by the ascending airliners, the shape and tenderness of her nipple seemed to rape my fingers.”
J.G. Ballard, Crash
tags: car, sex
“This pool of vomit with its clots of blood like liquid rubies, as viscous and discreet as everything produced by Catherine, still contains for me the essence of the erotic delirium of the car-crash, more exciting than her own rectal and vaginal mucus, as refined as the excrement of a fairy queen, or the minuscule globes of liquid that formed beside the bubbles of her contact lenses. In this magic pool, lifting from her throat like a rare discharge of fluid from the mouth of a remote and mysterious shrine, I saw my own reflection, a mirror of blood, semen and vomit, distilled from a mouth whose contours only a few minutes before had drawn steadily against my penis.”
J.G. Ballard, Crash
“Do kraja boravka u bolnici, nisam više video doktorku Helen Remington, ali sam, dok sam ležao na praznom odeljenju, neprekidno razmišljao o sudaru koji nas je spojio. Izmedu mene i te ožalošcene mlade žene javio se snažan osecaj erotske privlacnosti, gotovo kao da sam podsvesno želeo da nas dvoje u
njenoj materici ponovo zacnemo njenog mrtvog muža. Ako bih ušao u njenu vaginu, tu na odeljenju za rendgensko snimanje, medu metalnim ormaricima i belim kablovima, nekako bih prizvao njenog muža iz mrtvih, stvorio bih ga iz spoja njenog levog pazuha i hromiranog postolja za rendgenski aparat, iz
sjedinjenja naših genitalija s fino izradenim poklopcem za objektiv.”
J.G. Ballard, Crash
“I saw my own reflection, a mirror of blood, semen and vomit,”
J.G. Ballard, Crash
“We live in a world ruled by fictions of every kind � We live inside an enormous novel � The fiction is already there. The writer’s task is to invent reality.”
J.G. Ballard, Crash
“Do kraja boravka u bolnici, nisam više video doktorku Helen Remington, ali sam, dok sam ležao na praznom odeljenju, neprekidno razmišljao o sudaru koji nas je spojio. Izmedu mene i te ožalošcene mlade žene javio se snažan osecaj erotske privlacnosti, gotovo kao da sam podsvesno želeo da nas dvoje u
njenoj materici ponovo zacnemo njenog mrtvog muža. Ako bih ušao u njenu vaginu, tu na odeljenju za rendgensko snimanje, medu metalnim ormaricima i belim kablovima, nekako bih prizvao njenog muža iz mrtvih, stvorio bih ga iz spoja njenog levog pazuha i hromiranog postolja za rendgenski aparat, iz sjedinjenja naših genitalija s fino izradenim poklopcem za objektiv.”
J.G. Ballard, Crash
“Nas últimas fotografias os ferimentos que iriam mascarar seu rosto começavam a aparecer, como os traços de uma segunda personalidade, uma prévia das faces ocultas de sua psique que somente emergiriam depois na meia-idade.”
J.G. Ballard, Crash
“Aos meus pés havia uma camada de folhas mortas, maços de cigarros vazios e vidro estilhaço. Aqueles fragmentos de pára-brisa, varridos para o lado por gerações de enfermeiros de ambulância, formavam uma pequena duna. Fiquei olhando para aquele colar empoeirado, o entulho de mil acidentes de automóvel. Em cinquenta anos, à medida que mais e mais carros colidissem ali, os estilhaços de vidro formariam uma barreira considerável, em trinta anos, uma praia de cristal afiado. Uma nova raça de vagabundos de praia talvez aparecesse, agachando-se junto àqueles montes de pára-brisas esfacelados, vasculhando à procura de tocos de cigarro, camisinhas usadas e moedas perdidas. Enterrada sob aquele novo estrato geológico sedimentado pela era dos acidentes de automóvel estaria minha própria pequena morte, tão anônima quanto cicatrizes vitrificadas numa árvore fóssil.”
J.G. Ballard, Crash
“O silêncio prosseguia. De quando em quando um motorista se remexia no assento diante do volante, aprisionado desconfortavelmente no sol quente, e eu tive a súbita impressão de que o mundo tinha parado. As contusões nos meus joelhos e no meu peito eram receptores sintonizados em uma série de transmissores, captando os sinais, desconhecidos de mim mesmo, que desatariam aquela imensa estagnação e libertariam aqueles motoristas para o verdadeiro destino concebido par seus veículos, os paraísos da estrada elétrica.”
J.G. Ballard, Crash
“Um lenço de seda repousava no parapeito de um vidro traseiro. Lembrei-me de Catherine descrevendo nossos pertences espalhados pelo chão e pelos bancos do meu carro depois da batida � um mapa turístico, um tubo de esmalte vazio, uma revista de negócios. O isolamento daqueles pedaços da nossa vida, como se as lembranças e intimidades intactas tivessem sido tiradas de casa e esparramadas ao ar livre por uma turma de demolição, fazia parte da mesma recriação do lugar-comum que de maneira trágica eu empreendera com a morte de Remington.”
J.G. Ballard, Crash
“Essas premonições de desastre permaneceram em mim. Durante meus primeiros dias em casa, passei todo o tempo no terraço, observando o movimento do tráfego pela via expressa, determinado a detectar os primeiros sinais daquele fim do mundo pelos automóveis, para o qual o acidente tinha sido meu próprio ensaio pessoal.
Chamei Catherine ao terraço e apontei uma pequena batida na via de acesso sul à via expressa. Um furgão branco de lavanderia se chocara com a traseira de um sedã cheio de convidados de um casamento.
“São de fato ensaios. Quando todos tivermos ensaiados nossos papéis, a coisa vai começar de verdade.”
J.G. Ballard, Crash
“Eu me dei conta de que os habitantes humanos daquela paisagem tecnológica haviam deixado de fornecer seus indicadores mais nítidos, suas chaves para as zonas fronteiriças da identidade.”
J.G. Ballard, Crash
“Você devia ter ido ao enterro�, disse-lhe eu.
“Bem que eu gostaria�, respondeu prontamente. “Eles enterram os mortos tão depressa� Deviam deixá-los deitados por aí durante meses. Eu não estava preparada.�
“Remington estava.�
“Suponho que sim.�
“E a mulher dele?�, perguntei. “A médica. Você já a visitou?�
“Não. Não consegui. Eu me sinto muito próxima dela.�
Catherine já me via sob uma nova luz. Será que ela me respeitava, e até me invejava, por ter matado alguém, talvez do único jeito possível de tirar legalmente a vida de outra pessoa? No âmbito do desastre de carro, a morte era dominada pelos vetores da velocidade, violência, agressão. Será que Catherine reagia à imagem desses vetores que tinha sido captada, como uma chapa fotográfica ou o fotograma de um telejornal, nos escuros machucados do meu corpo e no contorno físico da roda do volante?”
J.G. Ballard, Crash
“Lendo uma biografia imaginária naquela história da pele,”
J.G. Ballard, Crash
“Minha breve estada no hospital já me convencera de que a profissão médica era uma porta aberta para qualquer pessoa que nutrisse ressentimento contra a raça humana.”
J.G. Ballard, Crash
“Recusei a pasta com um gesto, fitando meu próprio reflexo no espelhinho de maquiagem de Catherine. O nervo atingido em meu couro cabeludo havia rebaixado parcialmente minha sobrancelha direita, um tapa-olho embutido que parecia esconder de mim mesmo minha nova personalidade. Essa clara deformação era evidente em tudo o que me cercava. Fitei meu rosto pálido de manequim, tentando ler seus traços. A pele lisa era quase a de um personagem de um filme de ficção científica, saindo de sua cápsula depois de uma infindável viagem até o solo demasiado luminoso de um planeta desconhecido. A qualquer momento o céu podia escorregar...”
J.G. Ballard, Crash
“O contínuo interesse erótico de Catherine por sua secretária parecia um interesse tanto pela ideia de fazer amor com ela como pelos prazeres físicos do ato sexual em si. Seja como for, essas experiências tinham começado a tornar mais abstratas todas as nossas relações, tanto entre nós como com outras pessoas. Logo ela não conseguia mais atingir o orgasmo sem uma elaborada fantasia de um ato sexual lésbico com Kare, de seu clitóris sendo lambido, mamilos excitados, ânus acariciado. Essas descrições me pareciam uma linguagem em busca de objetos, ou mesmo, talvez, o limiar de uma nova sexualidade alheia a qualquer expressão física possível.”
J.G. Ballard, Crash
“Um médico jovem e louro com o rosto endurecido examinou as contusões no meu peito. A pele estava rachada em torno da ponta inferior do esterno, onde um botão da buzina havia batido de baixo para cima, impulsionado pelo compartimento do motor. Um hematoma semicircular marcava meu peito, um arco-íris marmóreo que ia de um mamilo a outro. Ao longo da semana seguinte esse arco-íris passou por seguidas mudanças de tom, como o espectro cromático de esmaltes de automóvel. Olhando para mim mesmo, imaginei que o exato modelo do meu carro poderia ser reconstruído por um engenheiro automobilístico a partir do formato das minhas lesões. O layout do painel direito, a exemplo do contorno do volante esmagado contra o meu peito, estava impresso nos joelhos e canelas. O impacto da segunda colisão entre o meu corpo e a cabine do carro estava definido nessas contusões, como os contornos do corpo de uma mulher relembrada ao tocarmos nossa própria pele ainda sensível algumas horas depois de um ato sexual.”
J.G. Ballard, Crash

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