Ingrid Gerolimich
Born
Brazil
Genre
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Para revolucionar o amor: A crise do amor romântico e o poder da amizade entre mulheres
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Para revolucionar o amor: A crise do amor romântico e poder da amizade entre as mulheres
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“Sim, nos apaixonamos por noites incríveis, por um filme, uma música, um cobertor macio, pela risada de alguém que nunca mais veremos, pelo som do avião decolando rumo à viagem tão esperada. E isso nos mostra que a vida acontece em toda a sua grandeza nos pequenos momentos, aqueles aos quais não damos tanta importância, pois talvez estejamos ocupadas demais sonhando com a utopia do “e foram felizes para sempre�.
Portanto, é essencial que façamos nascer uma outra cultura amorosa, para além do amor conjugal. É essencial pensar o presente e o futuro a partir de novas produções de sentido capazes dar significado à vida para além das imposições sociais que limitam a existência feminina a um par amoroso.
Descobrir e honrar o encantamento que existe em tantas outras coisas fará com que atravessemos o luto pelo amor romântico rumo a uma nova e mais plena forma de amar. Pois amar é jornada, não o destino.”
― Para revolucionar o amor: A crise do amor romântico e o poder da amizade entre mulheres
Portanto, é essencial que façamos nascer uma outra cultura amorosa, para além do amor conjugal. É essencial pensar o presente e o futuro a partir de novas produções de sentido capazes dar significado à vida para além das imposições sociais que limitam a existência feminina a um par amoroso.
Descobrir e honrar o encantamento que existe em tantas outras coisas fará com que atravessemos o luto pelo amor romântico rumo a uma nova e mais plena forma de amar. Pois amar é jornada, não o destino.”
― Para revolucionar o amor: A crise do amor romântico e o poder da amizade entre mulheres
“O mito da feminilidade como instrumento de controle dos afetos e corpos femininos veio, aos poucos, realizando o trabalho de apagamento da mulher como protagonista da história para revivê-la como uma personagem frágil, passiva, desprovida de capacidade intelectual � tudo isso porque, na verdade, o poder da mulher sempre foi uma ameaça ao patriarcado. Para tanto, não bastava ter o controle das mulheres pela via da força física, era necessário criar um corpo psíquico para abrigar essa nova personalidade que estava sendo tecida como tentativa de fazer da mulher uma colcha de retalhos humana costurada por linhas que bordam sua docilização e passividade, ainda que diante de um mundo hostil à sua presença, que deveria gerar revolta no lugar de resignação.
Um exemplo disso é como a raiva, que sempre foi sinônimo de virilidade e força no homem, passou a ser um sentimento negado à mulher. Eu mesma, desde criança, ouvia que ninguém gosta de menina que sente raiva e, como alguém que sempre teve a intensidade de um vulcão em erupção, cresci acreditando que dificilmente seria amada, já que não conseguia extirpar a raiva que carregava no peito, por mais que tentasse.”
― Para revolucionar o amor: A crise do amor romântico e o poder da amizade entre mulheres
Um exemplo disso é como a raiva, que sempre foi sinônimo de virilidade e força no homem, passou a ser um sentimento negado à mulher. Eu mesma, desde criança, ouvia que ninguém gosta de menina que sente raiva e, como alguém que sempre teve a intensidade de um vulcão em erupção, cresci acreditando que dificilmente seria amada, já que não conseguia extirpar a raiva que carregava no peito, por mais que tentasse.”
― Para revolucionar o amor: A crise do amor romântico e o poder da amizade entre mulheres
“Para conhecermos o amor, primeiro precisamos aprender a responder às nossas necessidades emocionais�, diz bell hooks (2006, p. 6). Muito foi ensinado às mulheres sobre o amor, muito é exigido das mulheres em relação ao amor, a diferença entre nós e os homens nesse quesito é que, enquanto os homens foram ensinados desde cedo a amarem a si, as mulheres desde sempre foram ensinadas a amar os homens no lugar de si mesmas.
Neste sentido, ter amigas faz parte do cuidado de si, pois assegura à mulher, através do processo de fala e escuta, traçar os caminhos de construção da sua subjetividade, o que lhe permitirá ressignificar a realidade à sua volta e a própria ideia que tem de si mesma. Disse Espinosa (2008) que “o corpo humano pode ser afetado de muitas maneiras, pelas quais sua potência de agir é aumentada ou diminuída, enquanto outras não tornam sua potência de agir nem maior nem menor�. A amizade torna maior a nossa potência de agir.
Não é por acaso que uma das primeiras coisas que um abusador faz em um relacionamento abusivo é tentar afastar a mulher de suas amigas. O abusador sabe que, na maior parte das vezes, é através delas que a mulher poderá tomar consciência não só do abuso, mas de seu valor, já que muitas mulheres se mantêm em uma relação abusiva em função de uma construção psíquica que historicamente lhe coloca na posição de objeto do sadismo alheio.”
― Para revolucionar o amor: A crise do amor romântico e o poder da amizade entre mulheres
Neste sentido, ter amigas faz parte do cuidado de si, pois assegura à mulher, através do processo de fala e escuta, traçar os caminhos de construção da sua subjetividade, o que lhe permitirá ressignificar a realidade à sua volta e a própria ideia que tem de si mesma. Disse Espinosa (2008) que “o corpo humano pode ser afetado de muitas maneiras, pelas quais sua potência de agir é aumentada ou diminuída, enquanto outras não tornam sua potência de agir nem maior nem menor�. A amizade torna maior a nossa potência de agir.
Não é por acaso que uma das primeiras coisas que um abusador faz em um relacionamento abusivo é tentar afastar a mulher de suas amigas. O abusador sabe que, na maior parte das vezes, é através delas que a mulher poderá tomar consciência não só do abuso, mas de seu valor, já que muitas mulheres se mantêm em uma relação abusiva em função de uma construção psíquica que historicamente lhe coloca na posição de objeto do sadismo alheio.”
― Para revolucionar o amor: A crise do amor romântico e o poder da amizade entre mulheres
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