欧宝娱乐

“A ch谩cara da Prima Zez茅 descia de plat么 em plat么 at茅 o n铆vel da rua. Era s贸 compar谩vel 脿 de minha av贸 materna, em Juiz de Fora. S贸 que nela predominavam as mangueiras de densa sombra e os jambeiros esgalhados. Prima Zez茅 gostava descer com o farrancho para o meio das 谩rvores. Palestrar chupando fruta. Vamos seu Marote! Vamos seu Pedro! Vamos subir nessas 谩rvores e apanhar uns jambos pra gente. Ou eram mangas. Ou eram abios. Ou eram sapotis. Sub铆amos: alto de ver os trens passando longe, na linha da Central e na outra dire莽茫o, mais longe ainda, os da Leopoldina e os minaretes de Manguinhos. Lembro da queimadura que peguei no dorso da m茫o s贸 de ro莽ar casulos vazios em que a taturana deixara o pelo venenoso depois de virar fr谩gil borboleta. A tarde descia e sub铆amos para jantar sob a l芒mpada amiga do lustre baixo, baixo, sobre a mesa da sala de jantar. Foi a铆 nessa ocasi茫o, que ouvi Prima Zez茅 fazer o invent谩rio das joias da Inh谩 Lu铆sa e dizer a minha M茫e que ela fora prejudicada na partilha. Minha M茫e que n茫o! Zez茅, fora tudo muito justo鈥� Mas Prima Zez茅 que absolutamente! de jeito nenhum鈥� E enumerava os adere莽os, as montagens, as rivi猫res, os sautoirs, os berloques, os oiros, as p茅rolas, os diamantes, as marcassitas, as pedrarias. Mudavam de assunto, passavam Juiz de Fora num crivo. 脌s vezes baixavam a voz, riam muito. Filhos do marido nada, Diban莽a! Filh铆ssimos do Seu Nanal da Tartaria. Isso. Esse mesmo, primo do Saninho Castro. Gente mais conhecida em Oliveira鈥� A grande l芒mpada acesa. Como calhaus, os besouros abatiam-se na brancura da toalha ou batiam no vidro do abajur. As mariposas faziam nuvem vinda da mata. A Amair trazia uma larga bacia cheia d鈥櫭ua onde os bichinhos se precipitavam vendo na l芒mina l铆quida a reflex茫o das l芒mpadas. de vez em quando um pio de mocho, tescunjuro! ou um silvo raro de locomotiva...”
― Pedro Nava, Ch茫o de ferro