Desisti, a escrita é simplesmente má e amadora demais para o meu gosto. Após ter visto e gostado do filme (devo ter sido uma das 3 pessoas no planeta qDesisti, a escrita é simplesmente má e amadora demais para o meu gosto. Após ter visto e gostado do filme (devo ter sido uma das 3 pessoas no planeta que achou piada ao filme) fiquei com imensa curiosidade em ler os livros mas, após algumas páginas, percebi que ia ser uma experiência dolorosa. Conforme ia avançando na leitura, pior ia ficando. Eu até nem desgosto de YA, li alguns bons livros do género, como os Jogos da Fome e o Timeriders. Livros que são para um público jovem mas que aborda temas maduros de uma forma interessante. Nestes dois exemplos que dei nota-se que o escritor por detrás deles é uma pessoa com alguma experiência de vida e que está interessado em abordar assuntos mais delicados ou complexos além de "o meu amigo é giro" ou "aquele gajo é irritante mas giro". Cassandra Clare demonstrou em poucas páginas que precisa de polir muitas arestas na sua escrita, como por exemplo reduzir (e muito) as tentativas de escrita mais erudita, assim como trabalhar nos "timings" das suas descrições. Uma das minhas últimas reviradelas de olhos que me lembro, enquanto lia este livro, foi quando ela decidiu mudar os personagens de uma sala para um escritório, descreveu o sofá e a mobília, para depois só acrescentar mais um parágrafo de diálogo e assim terminar o capítulo, sem nada ter acrescentado ao conteúdo da conversa. Além disso deixa transparecer alguma imaturidade e inexperiência como pessoa ao escrever diálogos que saltam da observação de algo para "afinal o meu amigo é muito giro" para uma cena de acção, voltando novamente para "Ui, acho que estou com ciúmes porque o meu amigo, que não admito a mim mesma que acho giro, está a olhar para uma rapariga que não sou eu." (A sério, já me doíam as órbitas de tanta reviradela de olho. Por momentos pensei mesmo em afogar-me na piscina à minha frente mas depois decidi não estragar as minhas férias. Aprendi bem a lição: nunca MAIS ir de férias com apenas um livro na mala!) Escusado será dizer que desisti da sua leitura. Duvido seriamente que volte a pegar nele tão depressa, a não ser que fique em casa a curar uma gripe daquelas que provoca febres a 40º e delírios e que me impossibilite de chegar à estante ou ao Kindle para mudar de leitura....more
Eu não consigo explicar porque é que li o livro até ao fim. Provavelmente tinha curiosidade em perceber qual eraOpinião completa em
Eu não consigo explicar porque é que li o livro até ao fim. Provavelmente tinha curiosidade em perceber qual era a finalidade do livro. Seja como for, livros como Divergent são a razão pela qual detesto ler YA: protagonistas irritantes e bidimensionais, enredos absurdos e desprovidos de sentido, glorificação da violência e delinquência juvenil, enfim... Confesso que estou a fazer um esforço para escrever uma opinião decente mas é difícil quando não gosto do que leio. Como é que é possível acreditar que uma sociedade tenha aceite a ideia que conseguiria viver em "paz e harmonia" se estivesse tão vincadamente dividida por facções? E que isso obrigaria pais e filhos separarem-se sem poderem voltar a estar juntos? Como acreditar que uma pessoa se vai identificar com uma característica apenas a vida toda e viver de acordo com essa característica? Como... porque é que para ser destemido tem que se saltar de comboios e usar tatuagens e piercings? É QUE É TÃO RIDÍCULO!! Dei por mim a pensar enquanto lia: "Olha, que cliché idiota! Olha outro! E outro!" Exemplo: Beatrice decide visitar o irmão que também escolheu uma facção diferente da original, os Eruditos. Quando se vêm pela primeira vez dizem um ao outro:
"You have a tatoo," he says (...) "You have glasses", I say."
Porque toda a gente sabe que só são inteligentes pessoas que usam óculos e mauzões os que têm tatuagens. Basicamente toda a história, 80% pelo menos, é ver a Beatrice (Tris, que é o seu nome "Intrépido"), que parece uma criança de 12 anos, a levar porrada a torto e a direito, a ser odiada por outros miúdos e a namoriscar com um rapaz mais velho. No fim, os últimos 20% o pior acontece e o mundo como ela o conhecia desmorona. O livro fecha com uma passagem tão EMO como tudo o resto, valendo-me a medicação para a enxaqueca para me anestesiar o suficiente e simplesmente não querer saber de mais nada. Ugh, quero tanto esquecer que li isto!!...more
Resumo: Mikael Blomkvist é um jornalista financeiro que foi condenado por difamação. Este é o ponto de partida do livro que encerra em si vários enre Resumo: Mikael Blomkvist é um jornalista financeiro que foi condenado por difamação. Este é o ponto de partida do livro que encerra em si vários enredos: o desaparecimento de Harriet Vanger há 40 anos, o caso Wennerström que leva Blomkvist à prisão e Lisbeth Salander, uma investigadora que é legalmente interdita. Durante o espaço de um ano acompanhamos estes 3 enredos que se entrecuzam e que são quase todos resolvidos.
Crítica: O prazer que tirei da leitura deste livro flutuou bastante durante a sua leitura. As minhas referências de comparação neste género são o "Código de Da Vinci" do Dan Brown e os livros do José Rodrigues dos Santos ("A fórmula de Deus" e o "Codex 632"). Conseguirei colocá-lo entre ambos, a nível de excitação: menos compulsivo que o "Código de Da Vinci" e muito mais interessante e bem escrito que os do José Rodrigues dos Santos. Mas... foi um pouco complicado para mim sentir-me agarrada a esta história. Grande parte do início do livro é contado da perspectiva do Mikael Blomkvist que é um personagem chato e desinteressante. Senti-o mais como um narrador do que verdadeiramente um personagem, pois é um pouco vazio de personalidade própria. Em comparação, no lado oposto do espectro, temos a Lisbeth Salander, tão altamente caracterizada que deixou-me a pensar ser impossível existir alguém assim. No entanto ela é magnética e todas as passagens sobre ela li-as ávidamente. O livro ganhou ritmo a partir da página 270, quando ambos se conhecem e formam a equipa de investigação. A partir desse momento, o mistério Harriet ocupa 100% do enredo e o seu desvendar é muito empolgante e surpreendente. Para minha grande surpresa, o mistério Harriet ficou resolvido 100 páginas antes do fim, deixando-me a pensar: "E então agora?!" Agora era resolver o caso Wennerström e dar o mote para os próximos dois livros.
Pontos positivos: Um livro inteligente. Boas descrições sem ser enfastiante. Lisbeth Salander. Erika Berger (as mulheres dominam e são maravilhosas!).
Pontos negativos: Demasiadas personagens. Nem com a ajuda da árvore geneológica eu conseguia lembrar-me de quem era quem.
Expectativa e estado de espírito: Não há nada que motive mais a leitura de um livro do que ser altamente recomendado por pessoas em quem confiamos a opinião. Deveria tê-lo lido no Verão, altura talvez que tivesse em melhor estado de espírito. Não o achei extraordinário, daí estar talvez um pouco desiludida. Os próximos dois só os lerei por empréstimo. Fez-me reflectir sobre: Tráfico humano. Violência contra as mulheres. Falta de interesse da sociedade em se envolver mais nestes casos, ajudar mulheres em risco. ...more
Não leio, há uns anos valentes, um livro de ficção científica. Não porque não goste mas apenas porque não procurei e não se proporcionou. Por isso, a Não leio, há uns anos valentes, um livro de ficção científica. Não porque não goste mas apenas porque não procurei e não se proporcionou. Por isso, a minha crítica será apresentada da minha perspectiva, de leiga de FC. Muitos elementos me terão escapado, analogias ou comparações mas espero poder passar a minha perspectiva do que foi a leitura deste livro. A primeira impressão que tive, e que me agarrou à leitura, foi que o mundo de "Carbono Alterado" era em muitos pontos semelhante ao Blade Runner. Takeshi Kovacs não é polícia mas é contratado para investigar a morte de um "matusa" milionário. Não há ciborgs mas há um hotel com inteligência artificial e mangas sintéticas, substitutos baratos de mangas, onde qualquer um poderá ser imangado. Mas, acima de tudo, tem todo aquele ambiente e envolvência de um filme noir dos anos 40. Por várias vezes, quando Kovacs puxava do cigarro, ou na luta de boxe, que me lembrei do livro "A Dália Negra" que li há uns anos atrás. Takeshi Kovacs é um personagem muito interessante e bem desenvolvido. Em muitas passagens é feita a referência ao seu passado, às memórias do seu mundo de origem ou das batalhas onde esteve. É um personagem de acção e nas 427 páginas que constituem esta narrativa, apesar de ter alguns momentos de reflexão, são recheados de pancadaria, tiroteios, intrigas e sexo. Por vezes chegava a ser cansativo e confuso. Dei por mim em vários momentos a perder o fio-à-meada: "mas como é que ele chegou a esta conclusão? porque é que decidiu ir para ali?". Penso sempre que, se a história é contada da perspectiva de um dos personagens, devemos conhecer-lhe todo o seu raciocínio, certo? A parte da ficção científica é bestial neste livro. Não sendo nem utopia nem distopia, o futuro é apresentado como um "hoje", com outro tipo de entretenimento, outro tipo de publicidade, meios de transporte, outras guerras, mas de alguma forma muito próximo daquilo que hoje conhecemos. Carbono Alterado é um grande puzzle, por vezes caótico, mas que deixa o leitor satisfeito no final.
Pontos positivos: A criatividade na criação deste mundo, levada ao mais ínfimo pormenor. A escrita acessível.
Pontos negativos: Demasiada acção. As cenas de sexo (começo a pensar que não gosto mesmo nada de ler cenas de sexo escritas por homens).
Fez-me reflectir sobre: A "vida eterna", os podres que esta pode produzir, ao facto de a religião católica ser vista apenas como uma seita, a dúvida se os químicos do cérebro ainda nos influenciam assim tanto....more