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Auto-ajuda e similares é um género de literatura que não me interessa, nem sequer acredito que tenha utilidade seja para quem for. Aqueles que, como eu, "não nasceram para sofrer", instintivamente, procuram o que é bom e fogem do que é mau, dedicando mais tempo a rir do que a chorar porque, tal como é impossível espirrar de olhos abertos, também o é ser infeliz a gargalhar. Para os "arrependidos de ter nascido" não há truques ou conselhos que lhes cure a amargura. Convicta desta minha teoria da treta, não faz sentido ter lido um livro que "ensina" a ser feliz. A razão é simples e tola: ler Bertrand Russell porque foi galardoado com um Nobel.
E gostei apesar de, várias vezes, ter ficado de "cara à banda" por um homem com tanta sabedoria dizer tamanhas parvoíces quando se refere às mulheres. Como, por exemplo, esta:
uma mulher bonita e de feitio indolente, se consegue casar com um homem rico que não seja muito exigente e se depois do casamento não engordar muito, pode igualmente gozar de um certo conforto descuidado, desde que tenha sorte com os filhos.
Ou seja, para uma mulher ser feliz basta ser bonita, mansinha, caçar um ricaço que não a mace, manter-se magra e ter bons filhos.

Alguns dos temas desenvolvidos por Russell para que os homens possam alcançar uma vida feliz e maravilhosa:
I - As Causas da Infelicidade
a) o espírito de competição
b) o aborrecimento e a agitação
c) a fadiga
d) a inveja
e) o sentimento de culpa
f) a mania da perseguição
g) o medo da opinião pública

II - As Causas da Felicidade
a) o gosto de viver
b) a afeição
c) a família
d) o trabalho
e) os interesses pessoais
f) esforço e resignação


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Prémio Nobel da Literatura 1950
Bertrand Russell nasceu no Reino Unido em 18 de maio de 1872 e morreu no Reino Unido em 2 de fevereiro de 1970.
Foi matemático e filósofo. Em vários momentos na sua vida, considerou-se liberal, socialista e pacifista. Mas também admitiu que nunca foi nenhuma dessas coisas em um sentido profundo.