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3,5*

Que nunca se diga de Daphne du Maurier que não sabe manter o suspense até ao último parágrafo e que esse não representa um final eficaz e satisfatório. Pelo menos foi o que aconteceu nos três primeiros contos desta colectânea dos anos 70, com esta despropositada capa de filme erótico manhoso.
Em “Aquele Inverno em Veneza��, há um elemento de sobrenatural que apesar das minhas reticências, acaba por fazer sentido no fim, quando um casal a tentar recuperar da perda de uma filha conhece um estranho par de irmãs.
Em “Não Depois da Meia-Noite��, também passado no Sul da Europa, a sensação de perigo que persegue um pintor inglês numa estância turística confirma-se numa conclusão macabra e inesperada.
Em “Nas Raias da Loucura��, a autora parece perder o controlo da verosimilhança do enredo, quando uma rapariga que acabou de enterrar o pai vai à Irlanda à procura de um colega do pai, redimindo-se, ainda assim, nas últimas linhas.
Nos dois últimos contos, Du Maurier faz uma incursão na sátira de costumes e na ficção-científica respectivamente, géneros onde ela não parece estar à vontade.

Aquele Inverno em Veneza-4*
Não Depois da Meia-Noite-4*
Nas Raias da Loucura-3,5*
O Caminho do Calvário-2,5*
O Avanço da Ciência-2,5*