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O Último Dia de um Condenado
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Carmo's review
bookshelves: ڰç, my-bib
Jun 24, 2013
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SETEMBRO 2019
Este manifesto contra a pena de morte continua grandioso na sua mensagem, e esta segunda leitura só vem reafirmar a minha admiração por Victor Hugo.
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OUTUBRO 2013
O Último Dia de Um Condenado é um livro brutal e conta o tormento vivido por um homem nos seus últimos dias de vida. A personagem não tem nome, nem interessa, não sabemos que crime cometeu, e isso também não interessa. O que está em causa é a aplicação do castigo máximo e o estatuto adquirido pelo condenado a partir do momento em que é lida a sentença. Passa a ser ninguém, nada, lixo. Um escória para ser maltratado com toda a impunidade.
Vitor Hugo cria ambientes contraditórios à ação. Uma sentença de morte deveria ser proclamada num ambiente lúgubre, não numa sala ensolarada com uma flor amarela na janela, com a luz que se refrata pelos vitrais, enquanto da rua se ouvem vibrantes ruídos citadinos. A vida pulsa à volta do condenado e a sua vai terminar na guilhotina.
Já na cadeia assiste-se a outra cena semelhante: quando os condenados a trabalhos forçados, são agrilhoados como animais ferozes, despidos da roupa e da dignidade, também aqui o cenário muda repentinamente. O sol desaparece e um temporal cai em cima dos desgraçados, deixando-os ensopados e gelados, como que a lembrar-lhes que a esperança morreu ali.
São detalhes da escrita que têm um peso crucial na narrativa e a tornam ainda mais comovente.
Confinado numa cela miserável, os seus últimos dias de vida são passados em reflexões e recordações. Agora, o que o espera é uma multidão esganiçada e sedenta de sangue ansiosa por assistir a um espetáculo hediondo.
A viagem para o cadafalso é feita de penosos momentos de amargura e desespero. E no derradeiro momento, a esperança...a esperança por um perdão que não veio.
Cenas destas são comuns em outros livros e filmes e sempre me arrepiaram. Que beleza ou que consolo se pode encontrar neste circo de horrores?
Um clássico da literatura que não tem idade, um manifesto contra a pena de morte, e que é essencial para entender a critica social do autor e os valores por que se bateu.
Este manifesto contra a pena de morte continua grandioso na sua mensagem, e esta segunda leitura só vem reafirmar a minha admiração por Victor Hugo.
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OUTUBRO 2013
O Último Dia de Um Condenado é um livro brutal e conta o tormento vivido por um homem nos seus últimos dias de vida. A personagem não tem nome, nem interessa, não sabemos que crime cometeu, e isso também não interessa. O que está em causa é a aplicação do castigo máximo e o estatuto adquirido pelo condenado a partir do momento em que é lida a sentença. Passa a ser ninguém, nada, lixo. Um escória para ser maltratado com toda a impunidade.
Vitor Hugo cria ambientes contraditórios à ação. Uma sentença de morte deveria ser proclamada num ambiente lúgubre, não numa sala ensolarada com uma flor amarela na janela, com a luz que se refrata pelos vitrais, enquanto da rua se ouvem vibrantes ruídos citadinos. A vida pulsa à volta do condenado e a sua vai terminar na guilhotina.
Já na cadeia assiste-se a outra cena semelhante: quando os condenados a trabalhos forçados, são agrilhoados como animais ferozes, despidos da roupa e da dignidade, também aqui o cenário muda repentinamente. O sol desaparece e um temporal cai em cima dos desgraçados, deixando-os ensopados e gelados, como que a lembrar-lhes que a esperança morreu ali.
São detalhes da escrita que têm um peso crucial na narrativa e a tornam ainda mais comovente.
Confinado numa cela miserável, os seus últimos dias de vida são passados em reflexões e recordações. Agora, o que o espera é uma multidão esganiçada e sedenta de sangue ansiosa por assistir a um espetáculo hediondo.
A viagem para o cadafalso é feita de penosos momentos de amargura e desespero. E no derradeiro momento, a esperança...a esperança por um perdão que não veio.
Cenas destas são comuns em outros livros e filmes e sempre me arrepiaram. Que beleza ou que consolo se pode encontrar neste circo de horrores?
Um clássico da literatura que não tem idade, um manifesto contra a pena de morte, e que é essencial para entender a critica social do autor e os valores por que se bateu.
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O Último Dia de um Condenado.
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June 24, 2013
– Shelved as:
to-read
June 24, 2013
– Shelved
October 31, 2013
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Started Reading
October 31, 2013
– Shelved as:
ڰç
October 31, 2013
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September 20, 2019
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September 20, 2019
– Shelved as:
my-bib
September 23, 2019
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57.29%
"" Sinto o coração pleno de raiva e de amargura. Sinto que a bolsa de fel rebentou. A morte torna-nos maus.""
page
55
September 24, 2019
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Finished Reading
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Anne2013
(new)
Aug 14, 2019 03:48PM

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