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Este livro tem das capas mais apelativas que já vi, e quando mo ofereceram, estava à espera de ler uma história fofinha de 3 gerações diferentes e sobre o mistério da morte de Rosmarie.

Comecei por gostar da história e da escrita da autora, no entanto, a escrita que ao início me fascinou, tornou-se demasiado exaustiva com as descrições. Cansa ao fim de algum tempo em que queremos ver mais acção e desenvolvimentos. A dada altura dei por mim também a pensar que mais valia a história de Iris ter sido ocultada, que o livro apenas tivesse sido contado de uma perspectiva externa. Isto porque, gostei muito (descrições exaustivas à parte) da história de Bertha, de Inga, de Christa, mas a permanência de Iris na casa da avó pareceu-me muito forçado. Quando, por exemplo, o Sr.Lexow surge à porta de Iris, impelido para contar certas histórias que esta desconhece, e neste primeiro momento conta tudo de forma desenfreada, mas no momento a seguir já não quer falar com Iris. Pareceu-me uma personagem algo esquizofrénica neste sentido. E o envolvimento com Max, a sério?? Não podia haver mais cliché que isto.

A Iris não me pareceu, de todo, uma personagem desenvolvida. As únicas coisas que fiquei a saber dela é que gosta de andar nua mais de metade do tempo e que usa as roupas das tias, de há décadas atrás, e completamente desadequadas às ocasiões.

Quanto ao mistério de Rosmarie fiquei a saber tanto no início como no fim. Não há desenvolvimento, não há emoção, não há nada. Nem mesmo Mira, que poderia ter sido uma personagem óptima para um reencontro com Iris, foi aproveitada da melhor forma no meu entender. Uma desilusão.

Eis como a capa de um livro pode ser enganadora! É um livro que se lê rapidamente, mas não o considero um bom livro. Lê-se.