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Afonso Cruz Quotes

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Afonso Cruz
“Tal como deve ser escrito o amor: a tinta permanente.”
Afonso Cruz, A Boneca de Kokoschka

Afonso Cruz
“Os pássaros ficavam encolhidos a um canto, tentando evitar olhar para aquela porta aberta, desviavam os olhos da liberdade, que é uma das portas mais assustadoras. Só se sentiam livres dentro de uma prisão.”
Afonso Cruz, A Boneca de Kokoschka

Afonso Cruz
“Um instinto maternal, sabe como é com as mulheres: queimamos os sutiãs, mas não nos livramos das mamas. Continuamos a sentir vontade de proteger os homens.”
Afonso Cruz, A Boneca de Kokoschka

Afonso Cruz
“Sim, mas as palavras também crescem, como as árvores, e vão mudando de significado ao longo da vida, começam por querer dizer uma coisa e acabam por dizer outra. Ninguém quer manter-se igual para sempre e até as lagartas começam a voar, um dia.”
Afonso Cruz, Assim, Mas Sem Ser Assim

Afonso Cruz
“A verdade tem muitas perspectivas. Se nos limitamos a uma, estamos muito próximo do erro absoluto.”
Afonso Cruz

Afonso Cruz
“Os livros são seres pacientes. Imóveis nas suas prateleiras, com uma espantosa resignação, podem esperar décadas ou séculos por um leitor.”
Afonso Cruz, O Vício dos Livros

Afonso Cruz
“É possível que uma pessoa que não tenha nada para fazer ou para se entreter prefira o aborrecimento à leitura, e, não raras vezes, vemos crianças a rebolarem-se
ou a queixarem-se do enfado, mesmo que estejam rodeadas de livros.”
Afonso Cruz, O Vício dos Livros

Afonso Cruz
“Mas, enfim, aquela foi a minha primeira incoerência e nós nunca esquecemos a primeira vez que vemos uma incoerência toda nua”
Afonso Cruz, A Boneca de Kokoschka

Afonso Cruz
“Um poeta é como quem sai do banho e passa a mão pelo espelho embaciado para descobrir o seu próprio rosto. Era isto que ele me dizia. Eu limpava os espelhos na esperança de me sentir assim, tentava desembaciar a vida, como o poeta dizia que tínhamos de fazer, passar a mão pela realidade até vermos um sorriso. Sei que é um trabalho árduo, há demasiado vapor a tornar a vida pouco nítida, desfocada. Mas vou insistir.”
Afonso Cruz

Afonso Cruz
“A rua pode ser um espaço que não está vivo nem morto, mas cuja vida ou morte, amor ou ódio depende de um olhar. A realidade é iluminada pela atenção. Há um cobertor abstrato à nossa volta que se torna palpável se o observarmos, se o sentirmos ou se ele nos forçar a que o testemunhemos. A beleza, o medo, o terror, o inesperado, a harmonia são maneiras de a realidade engordar, de surgirem figuras do seu espaço abstrato, de se revelarem objetos e entidades nomeáveis que, por milagre, saem do caos e ganham carne. É como se alguma coisa nos tocasse fisicamente, nos beijasse, nos magoasse, nos ferisse. Sem qualquer emoção ou sentimento, o mundo é fugaz e volúvel, é frágil e friável.”
Afonso Cruz, O Vício dos Livros

Afonso Cruz
“Ao contrário de tantos outros vícios, o dos livros é, na verdade, uma virtude. De facto, ter livros não é o mesmo que, por exemplo, ter dinheiro. Ter livros é como ter amigos, ter dinheiro é como ter com que pagar a amigos.”
Afonso Cruz, O Vício dos Livros

Afonso Cruz
“O pai apontou para o poeta que fungava e não tinha patrocínio nas roupas e perguntou se aquele exemplar era subversivo, que é a característica mais temida nos poetas, é o equivalente à agressividade dos cães. O senhor da loja respondeu: Está abaixo dos dois por cento. É sempre necessário serem um pouco subversivos ou a qualidade poética baixa demasiado e não gera lucro, ninguém compra, acabam preteridos a bailarinos ou hamsters.”
Afonso Cruz

Afonso Cruz
“O que é que este poeta faz? Poemas, respondi eu. Para que servem? Para muitas coisas. Há poemas que servem para ver o mar. Elas olharam para mim, os olhos muito arregalados.”
Afonso Cruz