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Isolda Quotes

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“Na biblioteca da universidade passeava entre a estantes, em meio a milhares de livros, inalando o odor mofado do couro, do tecido e das p谩ginas ressecadas como se fosse um incenso ex贸tico. 脌s vezes se detinha, tirava um volume das prateleiras e o segurava em suas m茫os grandes, que vibravam com o contato, ainda ins贸lito, com a lombada, a capa e as p谩ginas d贸ceis. Depois, folheava o livro, lendo um par谩grafo aqui e ali, seus dedos r铆gidos virando as p谩ginas, quase temerosos de destruir com seu desajeitamento o precioso conte煤do.

N茫o tinha amigos, pela primeira vez em sua vida teve consci锚ncia de sua 蝉辞濒颈诲茫辞. 脌s vezes, de noite em seu s贸t茫o, erguia os olhos de um livro que estava lendo e espiava os cantos escuros de seu quarto, onde a luz do lampi茫o tremulava contra as sombras. Se olhasse fixo e atentamente, a escurid茫o se reuniria numa luz, que assumia a forma insubstancial do que estivera lendo. E ele sentia que estava fora do tempo, como sentira naquele dia na aula em que Archer Sloane falara com ele. O passado avolumava-se da escurid茫o onde jazia, e os mortos se erguiam para viver 脿 sua frente, e juntos, flu铆am para o presente entre os vivos, e assim, por um intenso instante, ele tinha a sensa莽茫o de unir-se a eles numa 煤nica e densa realidade da qual n茫o podia escapar. Trist茫o, Isolda a bela, caminhavam 脿 sua frente; Helena, e o brilhantes Paris, seus rostos graves de amargura, erguiam-se da treva. E Stoner se sentia mais pr贸ximo deles do que de seus colegas que iam de aula em aula, hospedados numa grande universidade em Columbia, no Missouri, e que caminhavam distra铆dos em meio ao ar do Midwest.”
John Williams, Stoner: A Novel