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“Tem livro que a gente lê.
Tem livro que lê a gente.”
― Bráulio Bessa, Um Carinho na Alma

“De resto, uma biblioteca só tem interesse quando olhamos para os livros e percebemos que há uns que não foram lidos, que nos esperam.”
― Afonso Cruz, Mil Anos de Esquecimento

“Queres acaso te ver livre da melancolia?
Queres prazer, mas longe da louca agonia?
Queres ler enigmas, e sua precisa solução,
Ou preferes te afogar na tua contemplação?
Queres a carne? Será não preferes, destarte,
Ver um homem nas nuvens, ouvindo falar-te?
Anseias ver-te num sonho, mas sem dormir?
Ou não preferes a um só tempo chorar e rir?
Não te atrai a ti mesmo te perderes sem dano?
Pra depois te achares sem passe sobre-humano?
Queres tu mesmo ler, sem sequer saber o quê,
Sabendo, porém por essas linhas mesmas que lês,
Se estás ou não abençoado? Ah, vem, então,
E abre meu livro, uma só mente, um só coração.”
― John Bunyan, O Peregrino

“[...] sabia que um livro não era só um livro. Tudo tinha um significado. Havia uma teia invisível que conectava as palavras. Era como magia.”
― Ben Oliveira

“Não o nego, mas cativa-me a ideia da possibilidade, da liberdade. Quando tenho muitos livros para ler, tenho escolha. Quanto menos tiver, mais a minha liberdade está confinada. Ela depende dos livros que não são lidos. Se temos apenas um caminho, não temos liberdade, teremos impreterivelmente de o seguir. Para ela existir, temos de ter possibilidades, muitas, porque só daí pode resultar uma escolha lúcida.”
― Afonso Cruz, Mil Anos de Esquecimento

“Esse amor estático tão fortemente nos tomou que, alheando ao espírito outras preocupações mundanas, só nos comove a ±è²¹¾±³æã´Ç de adquirir livros.”
― Bury Richard De

“A magia de um livro só funciona se o leitor também acredita nela”
― Ben Oliveira

“Você descobre tudo que precisa saber sobre uma pessoa com a resposta desta pergunta: qual é o seu livro preferido?”
― Gabrielle Zevin, The Storied Life of A.J. Fikry

“Na realidade, todo leitor é, quando lê, o leitor de si mesmo. A obra não passa de uma especie de instrumento óptico oferecido ao leitor a fim de lhe ser possível discernir o que, sem ela, não teria certamente visto em si mesmo. O reconhecimento, por seu foro íntimo, do que diz o livro, é a prova da verdade deste [...].”
― Marcel Proust, Le Temps retrouvé, 1

“O desejo interior de ler não nasce sozinho. Ele é provocado por todo um meio ambiente que inclui o livro como elemento positivo.”
― L. Letin

“Eu encontrei um livro. Daqueles que a gente encontra por acaso e logo se torna um dos nossos favoritos. A gente se identifica com ele e se apega. Quando percebemos, estamos devorando cada página, sentindo cada palavra como se fizesse parte da nossa própria história. Mas, por mais que eu goste desse livro, ele não se encaixa na minha estante. E não há nada que eu possa fazer além de deixar que ele volte para a estante onde sempre pertenceu.”
― Deborah Strougo, A invenção de nós dois

“sensível farol meu peito retinas”
― Márcia Abath, SOBRE NÓDOAS E MIOSÓTIS

“qual a estação que alinhava
um hemisfério?”
― Márcia Abath

“É no entanto verdade que um leitor tem de saber tentar falar a língua do livro. Falar a língua do livro e abandonar-se à sua melodia, deixar-se ir na corrente, em vez de desperdiçar forças remando contra a maré. Não digo que nos tenhamos que submeter, apenas que devemos estar »å¾±²õ±è´Ç²Ôí±¹±ð¾±²õ. O livro, ao ser escrito, já deu um grande passo na nossa direcção: é uma dádiva. Cabe-nos agora a nós retribuir a gentilieza e dar um passo na direcção do livro.”
― Rui Zink, Cititorul din pestera

“um livro é uma casa com muitas portas”
― Rui Zink, Cititorul din pestera

“Cada livro, cada volume que vês, tem uma alma. A alma de quem o escreveu, e as almas daqueles que o leram e viveram e sonharam com ele. Cada vez que um livro muda de mãos, cada vez que alguém passa o olhar pelas suas páginas, o seu espírito cresce e torna-se mais forte.”
― Carlos Ruiz Zafón, El laberinto de los espíritus

“Imensamente generosos, os meus livros, não me fazem nenhuma exigência, antes me oferecem todo tipo de iluminação.”
― Alberto Manguel, The Library at Night

“Tal como os livros de Petrarca, os meus sabem infinitamente mais do que eu e agradeço-lhes por sequer tolerarem a minha presença. Por vezes, sinto que abuso desse privilégio.”
― Alberto Manguel, The Library at Night

“Há dias em que só uma xícara de ³¦²¹´Úé e um bom livro podem preencher o vazio da vida”
― Ben Oliveira

“Adorava se perder entre as páginas do livro. Em dias em que a realidade parecia pesada demais para suportar, as ³ó¾±²õ³Ùó°ù¾±²¹²õ eram sua ²õ²¹±ô±¹²¹Ã§Ã£´Ç”
― Ben Oliveira

“Não importa quantos livros você escreva, cada novo projeto é sempre uma luta.”
― Ben Oliveira, Escrita Maldita

“Se o livro lhe é perfeitamente inteligível - do começo ao fim -, então o autor e você são como mentes fabricadas a partir do mesmo molde. Os ²õí³¾²ú´Ç±ô´Çs impressos seriam meras expressões do entendimento que já lhes era comum antes mesmo de vocês se conhecerem.”
― Mortimer J. Adler, How to Read a Book: The Classic Guide to Intelligent Reading

“[...] não é verdade que todo o livro possa ser lido para entretenimento também pode ser lido para entendimento.”
― Mortimer J. Adler, How to Read a Book: The Classic Guide to Intelligent Reading

“Contanto somente como o poder de sua mente, você tem de operar os ²õí³¾²ú´Ç±ô´Çs que estão diante de você a fim de elevar-se do estado de entendimento inferior ao estado de entendimento superior. Essa elevação consiste em uma leitura criteriosa - o tipo de leitura que todo o livro desafiador merece.”
― Mortimer J. Adler, How to Read a Book: The Classic Guide to Intelligent Reading

“[...] não importa se o que aprendeu é um fato sobre o livro ou um fato sobre o mundo: você aprendeu apenas informações, caso tenha exercitado apenas sua ³¾±ð³¾Ã³°ù¾±²¹.”
― Mortimer J. Adler, How to Read a Book: The Classic Guide to Intelligent Reading

“A primeira ¾±²µ²Ô´Ç°ùâ²Ô³¦¾±²¹ é a do analfabeto, isto é, do sujeito incapaz de ler. A segunda ¾±²µ²Ô´Ç°ùâ²Ô³¦¾±²¹ é a do sujeito que leu muitos livros, mas os leu de maneira incorreta.”
― Mortimer J. Adler, How to Read a Book: The Classic Guide to Intelligent Reading

“A ±è²¹¾±³æã´Ç obsessiva de um escritor pode levá-lo à morte”
― Ben Oliveira, Escrita Maldita

“Um escritor até pode dar início a uma história, mas essa história só ganha vida com o leitor. E um livro nunca vive duas vezes da mesma forma. A narrativa não tem só que ver com as palavras que a compõem, mas também com quem lê essas palavras. Essa é a equação variável. É aí que reside a magia. A única coisa que um escritor pode fazer é oferecer um fósforo (e, de preferência, um fósforo seco). Depois, é o leitor que tem de acender essa chama e dar vida ao livro.”
― Matt Haig, Notes on a nervous planet

“Um unicórnio no ramo literário é um livro que você percebe que vai ser um sucesso estrondoso desde a primeira página. Não porque ele te choca, ou porque logo na primeira cena já acontece um banho de sangue inexplicável. Mas porque a primeira página é simplesmente boa!”
― Camilla Giordanno, Os Segredos Que Contei Ao Oceano

“Na biblioteca da universidade passeava entre a estantes, em meio a milhares de livros, inalando o odor mofado do couro, do tecido e das páginas ressecadas como se fosse um incenso exótico. Às vezes se detinha, tirava um volume das prateleiras e o segurava em suas mãos grandes, que vibravam com o contato, ainda insólito, com a lombada, a capa e as páginas dóceis. Depois, folheava o livro, lendo um parágrafo aqui e ali, seus dedos rígidos virando as páginas, quase temerosos de destruir com seu desajeitamento o precioso conteúdo.

Não tinha amigos, pela primeira vez em sua vida teve consciência de sua ²õ´Ç±ô¾±»åã´Ç. Às vezes, de noite em seu sótão, erguia os olhos de um livro que estava lendo e espiava os cantos escuros de seu quarto, onde a luz do lampião tremulava contra as sombras. Se olhasse fixo e atentamente, a escuridão se reuniria numa luz, que assumia a forma insubstancial do que estivera lendo. E ele sentia que estava fora do tempo, como sentira naquele dia na aula em que Archer Sloane falara com ele. O passado avolumava-se da escuridão onde jazia, e os mortos se erguiam para viver à sua frente, e juntos, fluíam para o presente entre os vivos, e assim, por um intenso instante, ele tinha a sensação de unir-se a eles numa única e densa realidade da qual não podia escapar. Tristão, Isolda a bela, caminhavam à sua frente; Helena, e o brilhantes Paris, seus rostos graves de amargura, erguiam-se da treva. E Stoner se sentia mais próximo deles do que de seus colegas que iam de aula em aula, hospedados numa grande universidade em Columbia, no Missouri, e que caminhavam distraídos em meio ao ar do Midwest.”
― John Williams, Stoner: A Novel