Å·±¦ÓéÀÖ

Montanha Quotes

Quotes tagged as "montanha" Showing 1-11 of 11
Miguel Torga
“As labaredas não tinham parança. Sôfregas, corriam à porfia sobre o palhiço. Depois, lambido o chão, chegavam-se à casca dos pinheiros, agarravam-se a ela e trepavam pelos troncos acima como cobras. No alto, na rama, era duma bocada só.”
Miguel Torga, Contos Da Montanha

Filipe Russo
“De montinho em montinho meus sentimentos se amontoam em montanhas de ti em mim.”
Filipe Russo, Caro Jovem Adulto

Filipe Russo
“Canto uma cadeia de montanhas em ±ð°ù³Ü±èçã´Ç.”
Filipe Russo, Caro Jovem Adulto

Miguel Torga
“A Melra fora sempre como aço. A ter os filhos, era um ai que lhe dava; ao mato, punha cada carrego à cabeça, que até as mais se envergonhavam; a segar, enquanto as outras faziam cinco, fazia ela dez. Forte! Também lhe comia e bebia como uma valente. O

homem, o Inácio, quando iam às feiras, já sabia: onde ele virasse um copo, ela virava outro.”
Miguel Torga, Contos Da Montanha

Miguel Torga
“Seguia as passadas do velho Duro, sem o ser. E não há ´Ú²¹±ôê²Ô³¦¾±²¹ maior do que imitar o passado, mesmo que seja nosso. Não lutava por nada, e o seu esforço soava falso.”
Miguel Torga, Contos Da Montanha

Miguel Torga
“Depois, sem forças para sair do buraco, aninhou-se nele o melhor que pôde.

- Esta é para mim... - murmurou. - A dela que lha faça quem quiser.

Escusava de ter medo, afinal...”
Miguel Torga, Contos Da Montanha

Miguel Torga
“- Não é o que tu cuidas que me falta. Estou velha, também. O tempo dessas alegrias já passou.

- Então não te entendo...”
Miguel Torga, Contos Da Montanha

Miguel Torga
“A Maria Lionça, essa, ficou. Como todas as mulheres da montanha, que no meio do gosto do amor enviuvam com os homens vivos do outro lado do mar, também ela teria de sofrer a mesma separação expiatória, a pagar os juros da passagem anos a fio, numa esperança continuamente renovada e desiludida na loja da Purificação, que distribuía o correio com a inconsciente arbitrariedade dum jogador a repartir as cartas dum baralho.”
Miguel Torga, Contos Da Montanha

Miguel Torga
“E tinha realmente um filho nos braços da mulher adormecida. Um filho simples, natural, sem precisos, sem Joana Pedra, sem faixas, sem cueiros, sem nada.

Um filho que o acordou cedo a gritar com a mesma fome do gado, e que, à tarde, quando regressou do monte, lhe fez dizer à mulher, depois de pegar nele ao colo e de olhar da janela o mundo outra vez coberto de sonho (...)”
Miguel Torga, Contos Da Montanha

Miguel Torga
“Chegava a casa pela noite adiante, quando os cães uivavam que se danavam nas eiras cobertas de palha centeia e de luar, ou o céu se desfazia em água e a escuridão era como breu. A patroa, já deitada.”
Miguel Torga, Contos Da Montanha

Miguel Torga
“Nas vinhas, as mulheres enchiam cestos, que os homens, em fila indiana, despejavam nas dornas; e os carros de bois, a escorrer mosto, cantavam depois pela quelha acima numa alegria de ouriços carregados. Nos lameiros, os velhos tiravam milho, apanhavam feijões ou recolhiam abóboras. E nos pomares, trepado, o rapazio varejava as nogueiras, coalhando o chão.”
Miguel Torga, Contos Da Montanha