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Publicidade Quotes

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“O sistema de produção privada manipula e intoxica o consumidor. Por requintados mecanismos de alienação publicitários, as aspirações e normas de comportamento das populações são controladas e integradas no sistema. Cria artificialmente, necessidades, modas, marcas, legendas, códigos sociais. O sistema de objectos é organizado como uma linguagem cujas leis nos são impostas pelos mestres do jogo económico, redundando tudo num grande desperdício colectivo, em prejuízo da satisfação de, por vezes, bem evidentes necessidades sociais.”
Amílcar Amorim, Introdução às Ciências Sociais

Tim O'Reilly
“A necessidade de atrair a atenção dos motores de busca e das redes sociais é um fator importante para a estupidificação dos meios de comunicação e para um estilo de jornalismo que empurra até mesmo as publicações de referência para uma cultura de exageros, falsas controvérsias e outras técnicas para aumentar o tráfego. A corrida aos lucros tem sido em parte o resultado de uma mudança básica da fonte de receitas do setor, das assinaturas para publicidade, e de uma base segura de leitores locais para a procura de leitores através das redes sociais.”
Tim O'Reilly, WTF?: What's the Future and Why It's Up to Us

Jean Baudrillard
“Não é que as pessoas já não acreditem nela [publicidade] ou a tenham aceitado como rotina. É que, se ela fascinava por este poder de simplificação de todas as linguagens, este poder é-lhe hoje subtraído por um outro tipo de linguagem ainda mais simplificado e, logo, mais operacional: as linguagens ¾±²Ô´Ú´Ç°ù³¾Ã¡³Ù¾±³¦²¹s. O modelo de sequência, de banda sonora e de banda-imagem que a publicidade nos oferece, a par com os outros grandes media, o modelo de perequação combinatória de todos os discursos que ela propõe, este contínuum ainda retórico de sons, de signos, de sinais, de slogans que ela domina como ambiente total, está largamente ultrapassado, justamente na sua função de estímulo, pela banda magnética, pelo continuum electrónico que está a perfilar-se no horizonte deste fim de século. O microprocesso, a digitalidade, as linguagens ³¦¾±²ú±ð°ù²Ôé³Ù¾±³¦²¹s vão muito mais longe no mesmo sentido da simplificação absoluta dos processos do que a publicidade fazia ao seu humilde nível, ainda imaginário e espectacular. E é porque estes sistemas vão mais longe, que polarizam hoje o fascínio outrora concedido à publicidade. E a informação, no sentido informático do termo, que porá fim, que já põe fim, ao reino da publicidade. É isto que assusta e é isto que apaixona. A «paixão» publicitária deslocou-se para os computadores e para a miniaturização ¾±²Ô´Ú´Ç°ù³¾Ã¡³Ù¾±³¦²¹ da vida quotidiana. A ilustração antecipadora desta transformação era o papoula de K. Ph. Dick, este implante publicitário transistorizado, espécie de ventosa emissora, de parasita electrónico que se fixa ao corpo e de que este tem muita dificuldade em libertar-se. Mas o papoula é ainda uma forma intermediária: é já uma espécie de prótese incorporada, mas recita ainda mensagens publicitárias. Um híbrido, pois, mas prefiguração das redes psicotrópicas e ¾±²Ô´Ú´Ç°ù³¾Ã¡³Ù¾±³¦²¹s de pilotagem automática dos indivíduos, ao lado do qual o «condicionamento» publicitário parece uma deliciosa peripécia.”
Jean Baudrillard, Simulacra and Simulation