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Escravidão Quotes

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Filipe Russo
“Com o contorno das letras eu acorrento a humanidade e seus súditos.”
Filipe Russo, Caro Jovem Adulto

Filipe Russo
“Com o contorno das letras eu acorrento o mundo e seus habitantes.”
Filipe Russo, Caro Jovem Adulto

Laurentino Gomes
“Bonifácio trombou com os poderosos interesses dos latifundiários e senhores de escravos ao sugerir a constituinte a proibição do tráfico negreiro e abolição gradual da ã no Brasil. Seu projeto, que nem chegou a ser apresentado, compunha-se de um preâmbulo com 22 páginas e 32 artigos intitulado "Representação à Assembleia Constituinte e Legislativa do Império do Brasil sobre a escravatura". Dois anos mais tarde, já no exilio em Paris, Bonifácio explicaria a razão da proposta:

"A necessidade de abolir o comércio de escravatura, e de emancipar gradualmente os atuais cativos é tão imperiosa que julgamos não haver coração brasileiro tão perverso, ou tão ignorante que a negue, ou desconheça. (...) Qualquer que seja a sorte futura do Brasil, ele não pode progredir e civilizar-se sem cortar, o quanto antes, pela raiz este cancro moral, que lhe rói e consome as ultimas potências de vida, e que acabara por lhe dar morte desastrosa."

... O Brasil era escravagista e assim permaneceria por mais 66 anos, até a assinatura da lei Áurea em 1888.”
Laurentino Gomes, 1822

Djamila Ribeiro
“Grada Kilomba, pesquisadora e professora da Universidade de Humboldt, faz uma analogia interessante entre a máscara que as pessoas escravizadas eram obrigadas a usar cobrindo a boca e a afirmação do projeto colonial de impor silêncio, um silêncio visto como a negação de humanidade e de possibilidade de existir como sujeito.”
Djamila Ribeiro, Quem Tem Medo do Feminismo Negro?

Giovanni Papini
“A êԳ é uma sucessão de hipóteses que se contradizem, de teorias que se contrapõem, de concepções caducas e de esperanças mortas. E a Ciência, tal como soterrou a Magia, poderá um dia ser morta e substituída por um modo de conhecimento superior.
Vangloria-se de reduzir as fadigas e as infelicidades dos homens e, com a a ajuda proporcionada à indústria, multiplicou as necessidades e, portanto, o trabalho e a ã, aumentando com os conhecimentos inúteis e a vida mais insaciável, a nossa carga de dores.
Pretende substituir-se ao sacerdote e não consegue responder às exigências mais desesperadas acerca do destino e da morte, pelo que os homens, após uma longa embriaguez de cientismo, regressam, pouco a pouco, às revelações da é.”
Giovanni Papini, Relatório sobre os Homens

Manuel Alves
“� A liberdade não é um direito absoluto, Gervas. Fosse essa a realidade, todas as vontades seriam soberanas sobre si mesmas e todos os poderes estariam nivelados pela mesma medida. Não haveria imposições, e nenhuma língua humana teria lugar para o conceito de ã. A liberdade é um privilégio relativo. O prémio de quem se encontra nas circunstâncias de exercer a sua vontade sobre todas aquelas que lha recusariam, dada a oportunidade.”
Manuel Alves, A Cativa

José Eduardo Agualusa
“Para manter os escravos no seu devido lugar, ou seja, trabalhando, trabalhando, trabalhando, é necessário nunca lhes faltar com os três pês - pau, pão e pano. Escutei isto muitas vezes, a senhores de engenho, feitores e até mesmo damas finas. Pela mina experiência, posso comprovar que aquilo que nunca falta é o primeiro pê, o pau, a pancada. A comida e a roupa faltam muitas vezes.”
José Eduardo Agualusa, A Rainha Ginga e de Como os Africanos Inventaram o Mundo
tags: ã

Roberto Piva
“...todo trabalhador é escravo. / toda autoridade é cômica.”
Roberto Piva, Mala na mão & asas pretas

Miguel Sousa Tavares
“Pese a muitas consêԳs instaladas em maus hábitos ou em maus princípios, a razão porque me ofereci para defender dois réus indefesos e a razão porque estou aqui como governador das ilhas é uma e a mesma: porque eu, e muita gente comigo, entende que chegou a altura de Portugal ser, não apenas um país colonizador, mas também um país civilizador. Que podemos e devemos colher os frutos do nosso trabalho e da nossa riqueza colonial que devemos aos nossos antepassados, mas que nada nos desobriga de trazer em troca o progresso e a çã.”
Miguel Sousa Tavares, Equador

Mohamedou Ould Slahi
“Mas, acreditem se quiser, vi carcereiros chorando porque tinham de sair de seu posto em GTMO.
“Sou seu amigo, não me importa o que digam�, disse-me um dos carcereiros antes de ir embora.
“Disseram-me coisas ruins de você, mas minha opinião não é bem essa. Gosto muito de você e gosto de falar com você. Você é uma grande pessoa�, disse outro.
“Espero que você seja solto�, disse ■■■■■■■■ com sinceridade.
“Vocês são meus irmãos, todos vocês�, sussurrou um outro.
“Eu te amo!�, disse uma vez um ■■■■■■■■ militar a meu vizinho, um garoto engraçado com quem eu mesmo gostava de conversar. Ele ficou impressionado.
“O que� Aqui não amor� Sou muçulmano!� Ri um bocado por causa daquele amor “proibido�.
Mas eu mesmo não consegui segurar o choro um dia, quando vi um carcereiro ■■■■■■■■ descendente de alemães chorando porque ■■■■■■■■ tinha sido um pouco machucado. O engraçado é que eu escondi meus sentimentos porque não queria que fossem mal interpretados por meus irmãos, ou vistos como fraqueza ou traição. Por um momento me odiei e fiquei profundamente confuso. Comecei a me fazer perguntas sobre as emoções humanitárias que eu vinha experimentando em relação a meus inimigos. Como é possível chorar por alguém que lhe causou tanta dor e destruiu sua vida? Como é possível gostar de alguém que por ignorância odeia a sua ã? Como se pode conviver com essa gente má que continua maltratando seus irmãos? Como se pode gostar de alguém que trabalha dia e noite para incriminar você? Eu estava numa situação pior que a de um escravo: pelo menos um escravo não está sempre posto a ferros, tem uma relativa liberdade e não precisa ouvir as bobagens de um interrogador todos os dias.
Eu sempre me comparava a um escravo. Os escravos eram levados da África à força, como eu fui. Os escravos eram vendidos várias vezes antes de chegar ao destino final, como eu fui. Os escravos eram destinados de uma hora para outra a alguém que eles não tinham escolhido, como eu fui. E quando eu examinava a história dos escravos, notava que eles acabavam sendo uma parte essencial da casa de seu senhor.”
Mohamedou Ould Slahi, Guantánamo Diary: Restored Edition

“Gostaria de comprar também um milagre porque não nada que necessitando mais.”
El libro de los Amigos Perdidos
tags: dor, ã, ç

“O Brasil nunca superou a ã na sua raiz, nem nos tempos modernos onde um ministro que deveria defender os negros nega a existência de racismo, onde uma parlamentar diz em parlamento que somos todos iguais, falando contra políticas de reparação histórica aos negros.”
Jorge Guerra Pires, Ciência para não cientistas: como ser mais racional em um mundo cada vez mais irracional, vol. 1 (Bolsonarismo) (Inteligência Artificial, Democracia, e Pensamento Crítico)
tags: ã