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Mulher Quotes

Quotes tagged as "mulher" Showing 1-30 of 30
Simone de Beauvoir
“Porque não contestam as mulheres a soberania do macho? Nenhum sujeito se coloca imediata e espontaneamente como não essencial; não é o Outro que, definindo-se como Outro, define o Um; ele é posto como Outro pelo Um definindo-se como Um. Mas para que o Outro não se transforme no Um é preciso que se sujeite a esse ponto de vista alheio. De onde vem essa submissão na mulher?”
Simone Beauvoir

Célia Correia Loureiro
“- Menti, pois é verdade � desabafou, sem no entanto se dar ares de vítima � um homem pode conquistar o mundo, começar uma guerra, defrontar outras nações, estabelecer-se em novos continentes. Mas uma mulher está destinada a ser a sua sombra e a gerar-lhe outras sombras e eu nem isso parecia talhada para fazer.”
Célia Correia Loureiro, A Filha do Barão

Carlos Messa
“Os homens têm experiência de séculos a mais que as mulheres em: malsentir, antever e precaver. Quando levadas ao mundo do trabalho "masculino", as mulheres aceleram seu desenvolvimento nessa mesma direção e, dessa forma, as çs estão deixando de aprender a amar, ou, ao menos, se afeiçoar.”
Carlos Messa, O Poder dos Pais no desenvolvimento emocional e cognitivo dos filhos

Arthur Schopenhauer
“O desejo sexual, sobretudo quando se concentra na paixão, fixando-se numa determinada mulher é a quintessência de todas as fraudes desse nobre mundo; isso porque promete indizivelmente, infinitamente e extraordinariamente muito e cumpre miseravelmente pouco.”
Arthur Schopenhauer, L'arte di insultare

Conceição Evaristo
“Lembrou-se então de que era uma mulher e não uma áܾԲ desenfreada, louca, programada para corrercorrer.”
Conceição Evaristo, Olhos d'Água

“A mulher não tem ڴǰç para acompanhar o homem além dos limites normais traçados à espécie. E o gênio é o herói infeliz, que leva para a esfera dos arcanjos, onde deve conviver, os desejos e os instintos humanos, que os arcanjos, seus irmãos, não conhecem. Do alto, fica, pois, a acenar à sua companheira, mas ela não o compreende e não pode amá-lo. Sente por ele a revolta da própria inferioridade. E eis por que são infelizes no amor todos os gênios e todos os heróis.”
Plínio Salgado
tags: mulher

Francilangela Clarindo
“Fui concebida, nasci, cresci e um belo dia virei mulher no sentido lato da palavra, com desejos,sonhos e querendo um pouco de romance numa vida monótona. Este foi meu erro... Ou posso considerar experiência... Ou mesmo acerto? Bem, não sei!”
Francilangela Clarindo

Fernando Pessoa
“Credo, ideal, mulher ou Ǵھã - tudo isso é a cela e as algemas.”
Fernando Pessoa, The Book of Disquiet

Giovanni Papini
“O facto de o pranto abundar nos olhos das mulheres e das çs - umas e outras egocêntricas, fracas e de alma rudimentar - não bastou para colocar de sobreaviso os admiradores da incontinência lacrimal.
O homem, verdadeiramente homem, o autêntico vir virtuoso, o sábio honesto, nunca choram ou se porventura a vasilha lacrimal dá indícios de querer transbordar, envergonham-se e escondem-se. Quem sabe realmente sofrer não sabe chorar. Quanto mais profunda a dor, menos se manifesta com as lágrimas.”
Giovanni Papini, Relatório sobre os Homens

Karl Kraus
“Uma mulher é, às vezes, uma alternativa satisfatória à ٳܰçã. Claro que ela exige muito mais Բçã de nossa parte.”
Karl Kraus

Guy de Maupassant
“Quantas vezes passamos ao lado de uma felicidade possível, sem darmos por ela, visto que não há quem possa penetrar no mistério dos pensamentos, nos abandonos secretos da vontade, nos apelos mudos da carne, em todo o desconhecido de uma alma de mulher cuja boca permanece silenciosa e o olhar impenetrável e claro?”
Guy de Maupassant

Diego Guerra
Não existe faca mais afiada do que o ǰçã de uma mulher.
Diego Guerra, O Teatro da Ira

V (formerly Eve Ensler)
“A parceria com o movimento dzܲԾá nos ajudou a ver a situação dessas mulheres sob uma lente que analisa a DZêԳ contra a mulher por meio de uma perspectiva dzDZDZíپ.”
Eve Ensler, The Vagina Monologues

Simone de Beauvoir
“No dia que for possível à mulher amar em sua força e não em sua fraqueza, não para fugir de si mesma, mas para se encontrar, não para se renunciar, mas para se afirmar, nesse dia o amor tornar-se-á para ela, como para o homem, fonte de vida e não perigo mortal.”
Simone de Beauvoir

“Para um homem, a mulher é como uma pintura ou uma estátua clássica. Ele escolhe uma e leva para casa, esperando que combine com a mobília existente lá.”
Mary Jo Putney, Um beijo do destino

Kristin Hannah
“Ser jovem não nem nada a ver com amor. Uma mulher pode ser uma menina e ainda assim conhecer o próprio ǰçã.”
Kristin Hannah, Winter Garden

Márcia Abath
“sensível farol meu peito retinas”
Márcia Abath, SOBRE NÓDOAS E MIOSÓTIS

Márcia Abath
“nem todo poema
é puro ouro

alguns
ouro de tolo”
Márcia Abath

Márcia Abath
“na poética da cama
o poema é sacana”
Márcia Abath

“Todo mundo tem um pouco de Sol e Lua. Todo mundo tem um pouco de homem, mulher e animal. Escuridões e luzes. Todo mundo é parte conectada de um sistema ó. Parte terra e mar, vento e fogo, com um pouco de sal e ó nadando entre eles. Temos um universo dentro de nós mesmos que imita o universo lá fora. Nenhum de nós está apenas preto ou branco, ou nunca errado e sempre certo. Ninguém. Ninguém existe sem polaridades. Todo mundo tem ڴǰç boas e más trabalhando com eles, contra eles e dentro deles.”
Suzy Kassem, Rise Up and Salute the Sun: The Writings of Suzy Kassem

José Luandino Vieira
“Num bar à beira-mar, com ondas a desfazerem-se em espuma nas estacas e o luar testemunha de encontros na areia, ele conheceu uma mulher.
Elas viviam todas a mesma Vida. Vidas que gritavam naquele universo de bebidas e venda do corpo. A luz era baça para dar ambiente. E elas eram pintadas, muito pintadas. Algumas escondiam olhos azuis no fundo de olheiras negras. Mas aceitavam tudo com naturalidade. Era tudo lógico. Tudo era apenas para ganharem o pão.
Nas mesas homens de idade avançada desfaziam-se em sorrisos e ficavam por momentos mergulhados na ܲã do rejuvenescimento. Porque elas eram pródigas em carinhos. Eles tinham dinheiro. E quando alguém descobria a verdade ou se lembrava da verdade, havia nos seus sorrisos ríctus de tristeza que abafavam mergulhando-os nos copos espumantes.
Foi ali que encontrou a mulher que o desejou. Ele queria dela o desejo desinteressado. Queria que o luar e o mar fossem as únicas testemunhas dos seus encontros. Ela gostava dele. Mas precisava de dinheiro para viver. O emprego dela era aquele. Os outros estavam vedados para ela. Custava-lhe aceitá-la como era. Sonhara sempre a mulher muito diferente. Nunca lançada ferozmente na conquista do pão. E de uma maneira trágica.
Queria a posse desinteressada, beijada pela espuma do mar, na areia amarela.
E tudo acabou quando ela lhe confessou que estava á岹 dum outro homem. A solução era só uma. Não podia ficar sem trabalhar alguns meses para depois ter a despesa dum filho. E foi tão simples, tão natural, tão sem culpa na sua DzԴھã, que ele fugiu e nunca mais voltou ao bar da beira-mar.”
Luandino Vieira

Sônia Coutinho
“O gatilho da arma assassina, pensa, foi apertado por muitas maos. E o alvo daqueles tres tiros nao era exatamente Sofia, sua pessoa física, mas o que ela representava, seu desafio.
Damas que se casaram na igreja e pela lei, vestidas de branco, damas que fizeram a vida inteira o que suas mães lhes haviam aconselhado a fazer, damas que agüentaram para sempre seus maridos, que viajaram pouco, que não freqüentaram a universidade porque tinham sido preparadas apenas para o casamento, damas maquiladas ainda à moda dos anos 50, essas damas crisparam os dedos em torno daquele gatilho, dispararam três vezes em direção a Sofia e, em seguida, aproximaram-se sorridentes do cadáver, como se de nada soubessem, perguntando o que havia acontecido.
Famílias inteiras reunidas estenderam as mãos, dobraram os dedos e, com risos/esgares, disseram, antes de apertarem três vezes o gatilho: ‘Celebramos nossos natais com árvores e presentes, como deve ser. E comemos nosso bolo com gratidão e humildade, pacientemente reinamos no cotidiano. Se a empregada falta, as mulheres vão com boa vontade para a cozinha. Nossos filhos são preparados para serem bons católicos e os pais trazem o dinheiro para sustentar a casa. Mantemos a decência, sabemos dos nossos limites, onde alcança nossa cabeça, onde podem pisar nossos pés�. E soaram três tiros.
Já as mães-que-criaram-seus-filhos declararam, a uma só voz: ‘Nós nunca faríamos o que ela fez, ir embora assim, deixando as duas filhas� � e juntaram os dedos, apertaram três vezes o gatilho.
Havia, ainda, as mãos estendidas dos homens que não foram para a cama com Sofia, mesmo dispostos a pagar. E aqueles que, recusados, vingaram-se, proibindo que suas mulheres andassem com ela, declarando: ‘� uma puta.�
Havia a mão de sua mãe, que tentou inutilmente modificá-la e a do irmão que deixou de falar com ela. “Tinha mesmo de terminar assim�, alguém comentou, baixinho, e quem ouviu concordou, manifestando assentimento com repetidos sinais de cabeça. E as mãos, unidas, movimentaram-se, três tiros violaram o silêncio da noite.�
Sonia Coutinho, “Atire em Sofia�, 1989, p. 114”
Sonia Coutinho

Ryane Leão
“sigo apaixonada
pela mulher
que batalhei pra ser”
Ryane Leao, Tudo nela brilha e queima

Michael Robotham
“Os antigos Gregos costumavam dizer que a Sorte era uma mulher muito bonita de cabelo encaracolado que caminhava na rua entre as pessoas. Talvez o seu nome fosse Karma. É uma amante inconstante, uma mulher prudente, uma rameira e uma adepta do Manchester United. Costumava ser minha.”
Michael Robotham, Suspect

“Viver de acordo com os princípios bíblicos hoje requer que as mulheres sejam ousadas o suficiente para permanecer firmes contra filosofias e fortalezas que buscam destruir a Palavra de Deus e sua autoridade.”
‎Carolyn McCulley, Radical Womanhood: Feminine Faith in a Feminist World

Paulina Chiziane
“Infelizmente muitas de nós, mulheres, agimos assim. Subimos ao alto do monte e só quando estamos no ar compreendemos que não temos asas para voar. Atiramo-nos do alto do céu para um poço sem luz nem fundo e quebramos o ǰçã como um vaso de porcelana.”
Paulina Chiziane, The First Wife: A Tale of Polygamy

Camilo Castelo Branco
“Mulheres são os melhores juízes de mulheres.
Disseram filósofos e moralistas, uns grandes santos como S. Paulo, e outros
grandes ateus como Voltaire, que a mulher é um ser exuberante de sensibilidade, e
apoucado de raciocínio.
Daí vem o denegarem-lhe acesso às ciências abstractas, às políticas, aos
parlamentos, ao magistério, às regiões intelectivas do maquinismo social, e mandaremnas cuidar dos filhos, e fiar na roca.
Se o absurdo vinga, se, por alvitre grosseiro do mais forte, a mulher é um ente
inepto para exercitar a razão, com que direito as julgamos e sentenciamos, segundo a
razão, sendo as suas culpas demasias de sentimento.
A injustiça é flagrante e odiosa.
Privam-nas de razão para as excluírem das funções que a requerem; sentenciamnas pela razão, se o sentimento, seu dom essencial, as desvia do piso demarcado por ela.
Isto é uma tirania, uma inquisição, uma crueza turca.
A mulher não pode ser julgada por nós. Somos os senhores feudais da razão. A
nossa alçada respira a prepotência do braço e cutelo. Estamos em insurreição
permanente contra o santíssimo apostolado de Jesus, que baixou seu divino braço por
igual sobre o homem e mulher.
Não podemos superintender no foro do ǰçã, porque a nossa jurisprudência é
toda de cabeça, e o nosso código em pleitos de alma é estúpido ou hiócrita.
Quem é o juiz da mulher? O homem que a despenha do abismo, onde a lançou o
amor, ao abismo do opróbrio.
É o homem, que lhe entalha o ferrete da ignomínia na face onde imprimira o beijo
da perdição.
O altar onde se adora uma mulher é ao mesmo tempo a asa onde ela se dá em
holocausto. Pecadora por muito sentir e chorar, amar e crer, quando nos abre céus e céus
de alegria e glória, abrimos-lhes nós o inferno dos desenganos, e o suplício extremo do
descrédito. O mundo não as exija, mas afronta-as; o ǰçã não as incrimina, mas
agoniza na horrível soledade para onde a razão o desterra.
E somos nós os juízes, porque entramos numa herança usurpada pela força
primeiro, e legalizada depois pelo sofisma escrito.
A mulher foi escrava do braço, antes de o ser da superioridade moral.
Quando o homem chamou a ciência a dar um testemunho falso da sua primazia, a
mulher, quebrantada pela escravidão do braço, não pôde remir-se com as ڴǰç do
íٴ.
Ainda assim, o tirano, receoso da emancipação, fez em redor da escrava as trevas
da ignorância, para que a razão da mulher não pudesse conceber da luz o germe que a
reabilitasse.
Pegou da formosa flor, cercou-a de estevas, cobriu-a de sombras por onde o sol
não podia coar uma réstia reanimadora.
Esta maquinação arteira sobreviveu a todas as borrascas sociais. Os fautores, e
ainda os mártires da igualdade perante Deus e perante a lei, nunca proferiram uma
palavra, nem verteram gota de sangue para o resgate moral da mulher.
O Filho de Maria disse que a mulher era igual ao homem, e levou para o céu o
segredo da sua emancipação.
Ficámos nós cá, os açambarcadores do entendimento escrevendo livros, que
sacrilegamente denominamos de moral derivada do Evangelho, e neles demarcamos a
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profunda raia que estrema RAZÃO de SENTIMENTO. A razão para nós, o sentimento
para elas. Se, todavia, o sentimento claudica nos preceitos da razão pautada e insofrida,
condenamos a mulher pela culpa de se deixar perder na obscuridade, à míngua duma
lâmpada que lhe negáramos.”
Camilo Castelo Branco, O Que Fazem Mulheres
tags: mulher

Ana Claudia Antunes
“Projeto figueiras centenarias
que abriguem orquideas raras
em cada olhar agudo e fundo
que insiro nesse obtuso mundo!”
Ana Claudia Antunes, Mulher: verbo intransitivo

Júlia Lopes de Almeida
“Cumpria a sua missão de mulher, adoçando sofrimentos, serenando tempestades e conservando-se na meia-sombra de um papel secundário.”
Júlia Lopes de Almeida, A Falência
tags: mulher

Ana Claudia Antunes
“Custaria mas muito caro fosse
não saber o valor da natureza,
da sua rica essência e beleza
das pessoas e da natureza em si.

O olhar refinado naquilo que aprendeu.
Uma vez que caia em si mesmo...
Poderá já ser tarde buscar a esmo
voltar no tempo e valorizar o que perdeu.”
Ana Claudia Antunes, Mulher: verbo intransitivo